segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Atrás de coelhos e ovos...

Então.
Viajo amanhã com a Elaine rumo a paragens baianas em busca de merecido descanso. Vamos também visitar queridos amigos em Ilhéus, que nos cobram há muito essa visita.
Estaremos de volta para a Páscoa.
Pretendo comer chocolate de cacau, beber água de côco, andar pelas praias, dormir em rede, jogar conversa fora, conhecer novos cantos desse país-ão e fotografá-los.
Não levo computador. Não pretendo me conectar. Mas prometo voltar à blogosfera. Se voltar à civilização.
Caso fique por lá: Adeus!!!
Caso volte cá: Até breve!!!

Fiquem com Deus...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Falando em advogados...

Não me culpem. Foi o Alex que começou, ao contar a - ótima - piada no meu post sobre advogado na família.

"- O que são mil advogados e jogados ao mar, amarrados com correntes???"

"- Um bom começo..."

Ouvi hoje ao rever o filme "Philadelphia", com Denzel Washington e Tom Hanks. Já havia esquecido...

Quem sabe...

"Quem sabe do medo é quem sente,
quem sabe da dor é quem tem
quem sabe do amor é quem se entrega
quem sabe da solidão é a vida
quem sabe da vida é a morte
quem sabe da mentira é quem mente
e quem sabe da verdade é a liberdade.

Ainda que o medo te assole,
ou que a dor te amole,
ainda que o amor te rejeite
e a solidão não te respeite
ainda que a vida te destrua
e a morte se mostre crua,
ainda que a mentira te acuse
e os mentirosos te usem
ainda assim,
a verdade te trará
a liberdade de viver
o que tu desejas ser."

De: Alice, em seu post ontem.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Advogado, quando você precisa... cadê?

Vi hoje no blog da Alê, uma lista de 6 pessoas aprovadas em vestibular - parabéns! - das quais 3 no curso de Direito.
Na minha família e na da Elaine, entre irmãos, primos e filhos destes, somos mais de 60 pessoas. Nenhuma fez, faz ou fará o curso de Direito.
Há médicos, engenheiros, nutricionistas, fonoaudiólogos, RP, veterinários, matemáticos, psicólogos, etc, etc, etc, formados ou estudando.
Mas advogado - que é quem você precisa nestes dias cheios de armadilhas jurídicas - não tem nenhum!!!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

106- O LONGO CAMINHO DE VOLTA (O Tempo Passa...)

Quando criança, passava muito tempo na casa de meus avós maternos. Eles moravam em Santos, o que tornava o local perfeito para alguém que gostava de praia e mar, como eu.

Saíamos a pé, depois de caminhar um pouco, tomávamos o rumo da praia, pela avenida que margeia um dos canais de Santos. Altas árvores de jambolão manchavam o chão de roxo escuro durante o verão, e forneciam a sombra necessária para a caminhada. Rapidamente chegávamos à praia. Naquele tempo, as águas e a areias eram mais limpas – meu avô, médico, até receitava banhos de mar aos seus pacientes! – e eu podia me divertir à vontade.

As horas passavam rapidamente, e logo era hora de voltar, pois o almoço nos esperava.

Fazíamos o caminho inverso na volta, mas era interminável. O cansaço da praia, o calor do meio-dia, a fome e sede de quem estava à horas preocupado somente em brincar afloravam com força e me deixavam clamando por chegar. O que não acontecia nunca, era a impressão. O mesmo caminho, tão leve e fácil pela manhã, tornava-se longo e torturante na volta. Tentava distrair-me olhando as casas, acompanhando os girinos nas águas do canal, observando pássaros, gatos, cães, qualquer animal que ficasse à vista. Mas nada adiantava. O caminho de volta sempre foi muito, muito longo...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

"É que Narciso acha feio o que não é espelho*..."

Seremos todos narcisistas? Somos incapazes de reconhecer o que não é a nossa imagem e semelhança? Será que só achamos belo, valioso e relevante aquilo que reflete nossos gostos, valores e prioridades?
Estará Cae, mais uma vez, correto?

* - letra de Sampa, de Caetano Veloso

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Surpreendente

Pergunta: O que mais surpreende você?

Resposta: O que mais me surpreende são os homens. Porque perdem a saúde para juntar dinheiro; depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.

E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem no presente, nem no futuro.

E vivem como se nunca fossem morrer...

E morrem como se nunca tivessem vivido...

(suposto diálogo entre jornalista e Dalai Lama, encontrado num pequeno cartaz de minha sorveteria favorita)

USA, subúrbio carioca

Depois da quinta chacina em duas semanas lá nos States, a geografia mudou.
Agora, é USA, subúrbio carioca...
Coisas da globalização...

Ainda a Amazônia...

O Lou fez um comentário no meu post anterior, no qual fala sobre a ocupação da Amazônia. Vale a pena refletir a respeito.

Nego o direito de estrangeiros decidirem o que brasileiros podem fazer com a Amazônia ou com qualquer outro espaço do território nacional.

Nego o direito dos brasileiros “ocuparem” a Amazônia.

“Ocuparem”??? Que termo é esse??? “Ocupar” significa preencher um espaço vazio. E quem disse que a Amazônia é um vazio??? É um dos lugares mais ricos em vida no planeta, e a presença indiscriminada do homem só vai empobrecê-lo. Fazer um uso cuidadoso, de coexistência, sim. Concordo. Mas, “ocupar”??? Isso é tolice que vai levar, como já está levando, à desertificação da Amazônia. E aí, nem brasileiros, nem estrangeiros vão querer ficar com a areia escorrendo entre os dedos...

Salvo engano.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Santuário

Li no site do jornal "O Estado de S. Paulo" manchete na qual citam o presidente Luis Inácio afirmando que não considera a Amazônia um santuário e aceita que a população que mora na região tenha o direito a todos os benefícios da vida moderna: carro, casa, eletrodomésticos, etc.
Discordo do Sr. Presidente em gênero, número e grau.
A Amazônia não é um santuário. Na verdade, todo este minúsculo planeta Terra é um santuário, no qual o homem foi colocado para o cuidar e guardar. Se a humanidade não conseguiu cumprir seu mandato até o momento, com todas as terríveis conseqüências que todos nós - exceto o Bush - vemos e sentimos, torna-se mais premente e essencial a tentativa de preservar a Amazônia. Premente porque é urgente fazê-lo - se ainda há tempo, o que duvido -; essencial porque sem sua preservação, aumentam as possibilidades de maior sofrimento para a humanidade - e não só os brasileiros - a médio prazo (10 a 20 anos).
Quanto ao direito de todos terem casa, carro, eletrodomésticos e etc, em primeiro lugar há de se perguntar se realmente temos esse direito, seja na Amazônia, seja em Manhattan. Em segundo lugar, quem mora em um lugar tem sim a obrigação de submeter-se às condições locais. Assim como se restringe a ocupação humana em lugares como Fernando de Noronha, Ilha do Mel e Ilha Bela, e todos acham tal coisa natural e necessária, a ocupação da Amazônia - em volume e modo - deve ser restrita, sim, para aumentar as chances de sobrevivência deste pedaço do planeta Terra, e do homem também.
Desconheço as razões que levaram o presidente Lula a fazer tal afirmação. Que interesses estão em jogo. Mas sei que ele presta um desserviço ao país e ao mundo. E será cobrado por isso.
Quem viver, verá...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Um bom e um mau exemplo

As empresas, em geral, não são lá coisa que se cheire. Estão a fim de lucrar o máximo, às nossas custas, e não estão nem aí pra nós, clientes, consumidores, fregueses. Há exceções, claro, mas são isso mesmo: exceções.

Foi interessante receber na mesma época - este mês - dois tratamentos diferentes de duas empresas do mesmo ramo: comunicação.

A primeira foi a Telefônica, sempre tão mal falada, que me mandou uma carta avisando que tinha encontrado um erro na minha conta, mas tinha conseguido corrigir antes que eu pagasse a mais. Caso tivesse dúvidas, diziam, que ligasse para eles, que teriam prazer em me explicar o ocorrido. E pediam desculpas pelo erro.

A outra foi a Tim, da qual depositava tanta esperança, que me cobrou indevidamente multa e juros de um suposto erro no valor pago e atraso no pagamento que efetuei em agosto de 2007. O erro ocorreu, realmente, mas foi a própria Tim que errou o valor cobrado e a data de vencimento. Fui obrigado a reclamar, e, depois de quase uma hora ao telefone, me informaram que o valor era mesmo indevido e que eu seria ressarcido na próxima cobrança.
A forma como me trataram transpareceu um conhecimento prévio do assunto. Só esperavam pela minha reclamação para fazer as correções necessárias. Se eu não reclamasse...

É esse tipo de "esperteza" que eu não suporto: essa esperteza sacana, que tem a má intenção de lucrar maliciosamente de forma imoral e ilegal.

Seria possível um capitalismo no qual o legal, o moral e o justo fossem norma obedecida à risca?
Duvido. E muito!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

105- INCONFUNDÍVEL (O Tempo Passa...)

Não há como fugir de certas características. Algumas são tão marcantes, que se tornam traços de identificação pelos outros.

Alguns são reconhecidos pelo nariz avantajado; outros, pelas orelhas; outras, pelos olhos, pelas pernas, pelo bigode, pela obesidade ou magreza, pelo cabelo ou ausência dele. Alguns fazem de certos acessórios suas marcas registradas: óculos, charutos, bengalas, roupas transmitem sua identidade aos outros.

Minha voz deve ter esta característica. Nunca percebi nela nada de extraordinário. Nunca fui elogiado ou criticado por ter a voz que tenho. Nunca me disseram que era boa, nem ruim, nem me fizeram brincadeiras a seu respeito.

No entanto, é impressionante o número de pessoas para quem telefono, alguns depois de vários anos sem nos falarmos, e que ao primeiro “Alô, como vai?”, respondem com um sonoro “Rubinho!!!

E não é só por telefone, não.

Uma vez fui ao casamento de uma amiga muito querida, que não via há anos em razão de ter me mudado da cidade. Depois da cerimônia, quando os muitos convidados cumprimentavam os noivos, cheguei de mansinho e tampei os olhos da noiva com as mãos e perguntei: “Advinha?”. Ela, sem a menor dúvida, respondeu como se nos falássemos ainda todo dia: “Rubinho!!!

Não há como negar: eu jamais poderia ser um sequestrador. Assim que fizesse contato para negociar o pagamento de um resgate, sairia a notícia: “Rubinho sequestra fulano e pede resgate”.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Caçador de Pipas

Já havia lido e apreciado o livro. Como sempre, fui ver o filme com um pé atrás: os filmes, em geral, ficam muito abaixo do livros, com raras exceções, como este.
A jornada do personagem central rumo ao passado, na - vã - esperança de uma redenção, é retratada com arte e sensibilidade, emocionando mesmo aqueles que, como eu, já leram e se emocionaram com o texto.
Há várias cenas marcantes, muito bem retratadas no filme. Uma que me marcou foi a afirmação peremptória do pai ao filho criança: "Existe apenas um pecado, um só. E esse pecado é roubar."
O tempo passa fácil enquanto a história se desenrola, e seu fim deixa um sabor agri-doce na boca. Ao sair do cinema não há como escapar de torcer no íntimo: tomara que o garoto Sohrab tenha melhor sorte que Amir e Hassan...
Resta a certeza de que qualquer tirania é nefasta e odiosa, seja a dos mulás talibans, seja a dos russos marxistas. Ou a do capitalismo consumista...

Frases Inesquecíveis...

"Não acredito em Deus, e isto deve deixá-Lo muito bravo."

Dr. Gregory House, personagem do seriado de TV "House", no Multishow.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Os óculos do vovô

A Vilma postou um singelo verso de Mario Quintana, e, pra variar, me lembrei de outro, da infância:

Num balde de tinta roxa
os óculos vovô perdeu
outra vez que os usou
esqueceu-se de os limpar
viu por isso tudo roxo
sem saber como explicar

Roxo estavam os passarinhos
no céu roxo a voar
roxa estava a netinha
com a bola roxa a brincar
"Estou ficando maluco"
Pôs-se o vovô a pensar
pois também estava roxa
a sopa que foi tomar!

( Sorry, não sei o autor! :) )

Meu Carnaval

Neste carnaval usufrui a companhia de meus pais. Deram-me a oportunidade de refletir sobre esta fase da vida, da qual me aproximo rapidamente, que é a velhice.
Convivendo com eles poucos dias, percebi que a inexorável e veloz passagem do tempo afeta muito a vidinha que estamos acostumados a ter desde que nos tornamos adultos.
As limitações se avolumam: os sentidos perdem acuidade; os movimentos perdem força, rapidez e leveza; a mente perde a memória, a sagacidade, a atenção; as manias se aprofundam; a teimosia cresce; a flexibilidade e adaptabilidade diminuem.
Vislumbrar um rumo, um objetivo, uma razão para viver não é fácil. Manter a saúde, a lucidez, o equilíbrio é um desafio, por vezes, além da capacidade individual. Não ser, ou sentir-se, um peso para si e para os outros é a questão.
Os avanços tecnológicos que permitem às pessoas atingirem 80, 90, 100 anos de idade, não garantem a qualidade de vida necessária para valer a pena chegar a ser um idoso.
Os exemplos festejados de centenários como Oscar Niemayer, e Derci Gonçalves são capciosos, como são tantos exemplos exaltados pela mídia - do milionário aos 25 anos, empreendedor vitorioso, ao esportista que venceu o câncer, passando pelo ex-interno da Febem que se fez homem notável, e por aí vai - que são o que são: EXCEÇÕES.
Não se pode estabelecer um padrão, uma expectativa a partir de exceções. O certo é que a grande maioria dos idosos padece, tal como padecem a grande maioria dos ex-internos da Febem, dos doentes de câncer, e dos empreendedores autônomos.
Não quero ser uma exceção; não aspiro a ser um Niemayer aos cem anos, se lá chegar. Prefiro que a sociedade caminhe logo para uma solução social que garanta ao idoso a vida digna de quem lutou, vencedor ou não, famoso ou anônimo.
Será?

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Adeus Yahoo...

Leio, estarrecido, que a Microsoft quer comprar o Yahoo pela bagatela de quase 50 bilhões de dólares...
Tenho um e-mail Yahoo há muitos anos. Caso o negócio se realize, nada mais me restará a fazer a não ser cancelar meu e-mail. Não quero e não vou ajudar a Microsoft sempre que houver uma alternativa de não faze-lo.
E pronto!