sábado, 30 de novembro de 2013

O melhor e o pior

Dizem, e com razão, que "o ótimo é inimigo do bom".
Não devemos, no entanto, cair na armadilha de concluir que "o ruim é inimigo do pior".
Isto pode nos levar a aceitar algo mau, apenas por medo de que a alternativa seja algo ainda mais perverso.
Devemos lutar pelo bem, e se a alternativa é escolher entre o ruim e o pior, não façamos escolha alguma!!! Lutemos por uma outra opção, uma que seja - talvez não ótima - mas uma boa opção, nem que tenhamos que criá-la!
Chega de aceitar porcaria!!!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Não confio na minha fé

Desconfio que o Deus em quem creio não se parece nem um pouco com Deus, como Ele realmente é. 
Mudo minha ideia de divindade apenas para desconfiar que estou equivocado novamente. 
Perguntam-me quem é Deus. Respondo que só sei que não é quem creio que seja...
Minha fé não merece fé. Dependo da Graça.

(reflexão em torno de afirmação semelhante de uma amigo no FB)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Millôr e o povo

"O povo quer sempre 
muito pouco,
mas sempre 
um pouco 
mais."

Não dá pra ser mais genial que isto.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Uma obra de arte que quase se confunde com o próprio artista.

"...tinha milhões de problemas filosóficos com a ideia de elaborar discursos sobre deus, que não queria enquadrá-lo (lo?) na minha caixinha, que não queria que ele (ele?) fosse mais um entre tantos objetos no universo, que esse tipo de teologia não me satisfazia mais, que eu não queria, de modo algum, crer num deus que pudesse ser capturado pelos meus esquemas de pensamento e por práticas religiosas naturalizadas, doutrinas caducas; que minha relação com ele, ela, elo, (x?), estava mais no terreno do indizível, do inominável, do que foge das categorias todas, da dúvida imperiosa, do esfumaçamento atrás do qual se esconde uma obra de arte que quase se confunde com o próprio artista." 

(Percio Faria Rios, no Facebook, refletindo meus pensamentos)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Na guerra e na paz


"- É assim, Mariamar - lembrava Adjiru -. Na guerra, os pobres são mortos. Na paz, os pobres morrem."

(O avô Adjiru, em "A confissão da leoa" de Mia Couto, ed. Cia das Letras)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

As Instituições e a inercia

Pessoas me dizem, ao saber da minha oposição às instituições em geral, que não há outra forma de viver em sociedade senão através de instituições.
Até concordo com eles, mas me pergunto: Por que temos que mantê-las, que deixá-las se petrificar, pois no afã de se perpetuar, esquecem até sua missão, sua razão de existir? Existem para continuar existindo. Permanecem por inercia.
Penso que não é preciso ser assim. Que morram as instituições! Que novas instituições surjam, com novas propostas, outras metodologias, sangue novo e estruturas diferentes! Instituições que atentem para as necessidades atuais do ser humano. E assim que se estabelecerem e se firmarem na sociedade... que morram também!
Porque mais do instituições, a sociedade humana é feita de humanos. E se nós - humanos - somos finitos e morremos, por que as instituições não devam morrer também e dar lugar ao novo?
Que morram os partidos, os sistemas econômicos, que morram as religiões, que morram as ONGs, as empresas, as igrejas, as escolas, as prefeituras, os estados, as cidades!!!
Que viva o ser humano, renovado e renascido para um mundo que nunca houve antes!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Arrependimento Inútil

"...Falo de gente que desejaria que Deus ou o universo fossem muito diferentes do que evidentemente são. Gente que gostaria de ser poupada do peso de absolutamente qualquer liberdade e de toda responsabilidade. Que gostaria que Deus lhe desse um sinal muito claro a cada passo a ser tomado, e uma simultânea garantia de sucesso. Que chora formidavelmente quando o bem que faz não é imediatamente premiado ou reconhecido. Gente que nem sempre está disposta a viver com as consequências do mal, mas está frequentemente disposta a arrepender-se do bem que fez, se entende que sua “ingenuidade” em pagar o preço da virtude acabou produzindo o próprio sofrimento. 
Gente que, numa palavra, está pronta a arrepender-se de qualquer coisa – até mesmo de amar – se sua presente condição implica em alguma medida de sofrimento...." - Paulo Brabo

(Que bom que "A Bacia das Almas" continua viva, mesmo depois de finda. Dessa forma, somos brindados com reflexões excelentes como esta, que você deve ler integralmente em "Sobre se Arrepender")

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Um Paul novinho!

"Don't look at me
It's way too soon to see
What's gonna be, don't look at me
All my life
I never knew what I could be
What I could do
Then we were new
oo-oo-oo-oo

You came along
And made my life a song
One lucky day you came along
Just in time
While I was searching for a rhyme
You came along
Then we were new
oo-oo-oo-oo

We can do what we want
We can live as we choose
You see there's no guarantee
We've got nothing to lose

Don't look at me
I can't deny the truth
It's plain to see, don't look at me
All my life
I never knew what I could be
What I could do
Then we were new
oo-oo-oo-oo

We can do what we want
We can live as we choose
You see there's no guarantee
We've got nothing to lose

Don't look at me
It's way too soon to see
What's gonna be, don't look at me
All my life
I never knew what I could be
What I could do
Then we were new
oo-oo-oo-oo

Then we were new
oo-oo-oo-oo
Now we are new
oo-oo-oo-oo"



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A Feiura de Todos Nós

- Manhê, por que não posso falar mentira?
- Porque mentir é feio, minino.
- Por que todo mundo é feio?
- Quiquié isso, minino? Você acha que o mundo todo é feio?
- Não, manhê, mas todo mundo mente e mentir é feio...
- Sabe, filho, tem mentiras e mentiras...
- E como é isso?
- Se a mentira que você diz serve pra te dar vantagem, pra te ajudar, pra te deixar em situação melhor que antes, então essa mentira te deixa mais feio.
- E por que só eu fico feio?
- Todos devemos falar a verdade... todos ficam feios ao mentir!
- É, mas por que o quitandeiro não fica feio quando diz que vendeu um quilo e põe um tiquinho a menos? Por que o posto de combustível não fica feio quando diz que põe 10 litros no tanque e põe menos? Por que o político não fica feio quando diz que a merenda custou um tantão e na verdade custou menos? Por que o colega do pai não fica feio quando bate o ponto no trabalho bem na horinha, mas fica um tempão de conversa mole com os colegas antes de começar a trabalhar? Por que a professora não fica feia quando falta na escola e traz atestado médico, mas a gente encontrou com ela no shopping no mesmo dia? 
- Sabe por que, meu filho? Porque o mundo encontrou um jeito de esconder a feiura como a mamãe esconde as manchas da pele: com maquiagem. Mas elas - as manchas e as feiuras - continuam lá, intactas...

(diálogo hipotético entre mãe e filho, sonhado numa noite qualquer dessas)