Um ser à procura de sua humanidade. Seja bem vindo, e fique à vontade para comentar!!!
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
GÊMEOS !!! (O Tempo Passa...)
Quando adolescentes provavelmente éramos mais parecidos ainda, pois a história que vou contar é verídica - como todas as outras de "O Tempo Passa...".
Estávamos no ponto de ônibus próximo de minha casa, na Av. Rebouças, em São Paulo, esperando o que nos levaria à casa de nossa tia Jô. Conversávamos distraidamente e não demos maior atenção ao fato que uma senhora, já de idade, nos olhava atentamente. Depois de alguns minutos a mulher aparentemente não se conteve e nos interrompeu:
"Ahn, vocês por acaso são gêmeos?"
"Não senhora, não somos irmãos" - respondemos.
Ela não se deu conta da resposta e afirmou:
"Ah! vocês não são gêmeos!!!"
"Não, senhora" - corrigimos - "não somos irmãos!"
A pobre mulher abriu uma cara de espanto e descrença:
"Como? vocês, então, não são irmãos?" Perguntou como que duvidando.
"Não, somos primos. E aí vem nosso ônibus. Tchau!"
Subimos, dando risada, no ônibus e deixamos a mulher boquiaberta na calçada.
Não sei até hoje se ela acreditou... ela pode estar pensando que queríamos enganá-la, mas falávamos a verdade!!!
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Descobri
Gabriel García Márquez, em "O Amor nos Tempos do Cólera".
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Felicidade
Lembrou-me de uma cena no filme "Deus é Brasileiro", onde Antonio Fagundes, na figura de Deus, diz a mesma coisa ao responder a um comentário sobre o direito à felicidade: "Ah, a felicidade anda muito supervalorizada".
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Ahn? o que? como?
99- MARAVILHAS DO PRIMEIRO MUNDO (O Tempo Passa...)
Ao chegar lá, para um ano como intercambista, um mundo novo e fascinante se abria à minha frente. As casas, os carros, a comida, as meninas, os esportes, os costumes, os valores, o clima, a língua, a música, tudo era diferente. Até mesmo aquilo que pensávamos ser igual, era diferente.
Por exemplo, apesar de ouvirmos no Brasil muita música americana, também ouvíamos mpb e música européia. Lá, não. Era só rock e música americana. Do Brasil, só "Garota de Ipanema"!!!
Nos esportes, o baseball dividia as atenções com o basquete e o futebol americano. Nada de futebol "normal", que eles chamam de "soccer".
E por aí vai.
O desafio para adaptar-se a esse novo e diferente estilo de vida é muito grande. É a tal da "experiência transcultural", de valor inestimável para qualquer um que tenha tido a oportunidade de experimentá-la. Difícil, penoso às vezes, mas inestimável.
Em meio a tantas novidades, não foi nenhuma tecnologia de ponta ou avanço cultural que me surpreendeu de cara.
Foram duas coisas simples, quase banais. Mas causaram-me tanto impacto que escrevi à família descrevendo-as entusiasmado.
Primeiro, o papel higiênico, lá "nos States" cortava no picotado!!! Impressionante! Porque aqui, apesar de existirem, os picotes no papel, não tinham função prática. Nunca rasgava-se no picotado!!! Lá, sim!!!
A segunda coisa: a experiência sensual de tomar banho com sabonete Dove. Não havia Dove no Brasil, e a sensação de maciez na pele após o banho foi incrível. No primeiro banho, até enxaguei-me novamente porque pensei que o sabonete não havia saído da pele no primeiro enxágue...
Pois é, sabonete e papel higiênico: as primeiras grandes surpresas de minha experiência transcultural...
sábado, 15 de dezembro de 2007
Mais simples...
'Ce sabe muito bem.
É sobre-humano amar, sentir, doer, gozar,
Ser feliz..."
Na bela canção "Mais Simples", de José Miguel Wisnik (clique no título para ouvi-la).
La memme chose...
Gabriel García Márquez em "O Amor nos Tempos do Cólera", não se referindo, em absoluto, à política brasileira
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Insatisfação
Há poucos meses comentei neste blog sobre a falta de chuvas aqui em casa e como as plantinhas sofriam com isso.
Agora, chove diariamente há 10 dias e sinto um certo comichão pra reclamar da chuva excessiva.
Nunca estamos satisfeitos mesmo... Que coisa!!!
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
98- CAINDO... (O Tempo Passa...)
Vila Velha é uma atração no estado do Paraná. Formada pela erosão dos ventos no arenito compactado, veios profundos e sinuosos deixaram o local com a aparência de uma cidade fantasma, ou fantástica.
Muitos turistas passam por lá e se divertem caminhando por entre as vielas formadas pelo vento ou com a vista quando se olha por cima.
A caminho das Cataratas de Iguaçu, minha família parou para conhecer Vila Velha. Eu, moleque, percorria as vielas e subia nas “torres” de arenito como se fosse um desbravador nas ruínas de uma cidade pré-histórica.
Em uma dessas andanças, tentei descer uma encosta íngrime, com uns quatro metros de altura. Como o arenito fica friável na superfície, meus pés escorregaram nos grãos de areia solta e desci na vertical praticamente sem apoio ou amortecimento. Cheguei ao chão, em pé, e o baque fez minhas pernas bambearem. A velocidade da queda e a parada brusca, além do enorme susto de ter descido quase em queda livre, fizeram o sangue sumir da cabeça, e tudo escureceu. Meu pai, que de baixo assistiu tudo, chegou perto, viu que eu estava bem e me disse para ficar sentado, com a cabeça abaixada entre os joelhos, respirando fundo, de olhos fechados. Em alguns instantes eu estava bem novamente. Apenas assustado com o mergulho inesperado, e com uma história pra contar...
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Sting
Em função disto, o canal a cabo Multishow reapresentou o histórico show do Sting, gravado em 11 de setembro de 2001, horas depois do fatídico atentado.
O show ganhou o prêmio de melhor show do ano, e não é por nada. Logo no início, o Sting explica porque, em meio à consternação mundial, os músicos e a produção do show, além dele mesmo, terem decidido não cancelar a apresentação:
"Cancelar, seria reconhecer que eles venceram. Este show é uma homenagem às vítimas e uma mensagem aos terroristas: vocês não venceram."
Para vencer a guerra contra o terror, não é necessário invadir, matar, oprimir. Basta não ser vencido...
Uma das músicas apresentadas chama-se "If I Ever Lose My Faith". Além de linda, ela reflete alguns aspectos da minha própria jornada. Eis a letra:
You could say I lost my faith in science and progress
You could say I lost my belief in the holy church
You could say I lost my sense of direction
You could say all of this and worse but
If I ever lose my faith in you
There'd be nothing left for me to do
Some would say I was a lost man in a lost world
You could say I lost my faith in the people on TV
You could say I lost my belief in our politicians
They all seemed like game show hosts to me
If I ever lose my faith in you
There'd be nothing left for me to do
I could be lost inside their lies
Without a trace
But everytime I close my eyes
I see your face
Never saw no miracle of science
That didn't go from a blessing to a curse
Never saw no military solution
That didn't end up as something worse
but let me say this first
If I ever lose my faith in you
There'd be nothing left for me to do
If I ever lose my faith... in you.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
O Passado, o Presente, o Futuro - 2
Sonhamos com um futuro e lembramos o passado. O presente é apenas o momento no qual nos envolvemos nestas duas realidades: o sonho e a lembrança.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
O Passado, o Presente, o Futuro - 3
Frase na publicidade na televisão do BNDES (banco estatal de desenvolvimento).
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
97- XUXA (O Tempo Passa...)
Nos anos 80, trabalhei na ACM de Sorocaba -YMCA, no treinamento dos futuros “gerentes” para as ACMs da América Latina e países africanos de língua portuguesa. Um curso de 3 anos de duração que os alunos faziam concomitantemente ao curso superior de educação física mantido pela ACM.
Certa vez recebemos um aluno africano de fala inglesa, o John. Simpático, inteligente, atlético, alto, bem-humorado e simples, ele logo atraiu a amizade de todos, e o fato de ser um negro de pele muito, muito escura, não foi obstáculo maior do que a barreira da língua. Geralmente me procurava para tirar dúvidas.
Um dia, surgiu no escritório chateado. Disse que as pessoas estavam “calling him names”, xingando-o. Perguntei o que falavam, e ele, meio contrariado, meio constrangido, disse que começaram a chamá-lo de “Xuxa”, e ele não sabia o que era aquilo. Não pude evitar o riso, o que o fez relaxar um pouco. Depois, expliquei: “Cara, aqui no Brasil, todo mundo recebe apelido, poucos são chamados pelo primeiro nome. E os brasileiros são muito gozadores, gostam de fazer piada de tudo. A Xuxa é uma famosa personalidade da televisão”. Ele fez muxoxo e reagiu: “Estão me chamando de mulher?!” Respondi: “Não, não é de mulher, se voce fosse gordo, te chamariam de Jô, um apresentador de TV que é muito gordo; se fosse feio, seria Costinha, o humorista; é Xuxa porque ela é alta e loira, muito loira”.
Ele hesitou um instante e abriu um sorriso largo, iluminando o rosto negro com seus dentes muito brancos: “Ah, I get it! That's funny! Those guys...” (Ah, entendi! É engraçado! Aqueles caras...). E saiu da sala sorrindo.
Xuxa fez muito sucesso e amigos durante o tempo em que esteve conosco, e deixou saudades. Ao ser apresentado a alguém, dizia: “Prazer, John, mas pode me chamar de Xuxa!!!”
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
O Passado, o Presente, o Futuro
O que existe, de verdade?
O passado já foi, o amanhã ainda não chegou, o presente é onipresente?!
Ou o presente é que não existe: cada minuto, ou já passou ou está por vir, isto é, estamos sempre olhando pra trás - o passado - ou para frente - o futuro - porque o presente é um instante tão infinitesimal que... não existe!?
Pense nisso...