Não há nada que eu goste mais do que rir de gargalhar, especialmente com os amigos. Talvez seja algo genético, pois meu tio-avô, irmão de minha avó paterna foi ninguém menos que Cornélio Pires, aclamado folclorista caipira e exímio contador de anedotas (como se dizia antigamente). É até autor de vários livros de "causos" (Patacoadas, Conversas ao Pé do Fogo, Quem Conta um Conto e outros).
Contava um primo que o acompanhou em várias apresentações de turnê pelo interior, que ele contava com tal maestria certa anedota (qual, não sabemos) que meu primo não conseguia reter o riso frouxo antes mesmo do "punch line" e tinha que sair de fininho do teatro para não gargalhar sozinho e estragar a piada.
Em tempos pós eleitorais, esse causo vem a calhar, para que sejamos mais soft:
"Numa festa política, após uma eleição no interior, ao pipocar de foguetes, começou a "rolar" cerveja.
Um caipira, querendo aderir à bebida, mas não sabendo qual era o partido que estava promovendo a festança, teve uma ideia: erguendo o chapéu com todo entusiasmo, bradou:
- Viva os dois partido!!!!"
("Viva", em Patacoadas, página 89 de Cornélio Pires, ed Ottoni)
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