Amiga postou no Facebook uma foto na qual atribuem ao papa Francisco afirmações religiosas MUITO polêmicas. Ela reproduz a foto e adiciona ferozes críticas à postura do papa.
Entrei, como sempre faço, na postagem original e vi que aquelas declarações estavam sob suspeita de não serem verídicas.
Comentei e acrescentei que divulgar aquela postagem era inconveniente pois corria o risco de estar espalhando uma inverdade.
A reação ao meu comentário foi, no mínimo, estranha.
Fui repreendido, tanto por ela quanto por um outra amiga, por estar "defendendo heresias" e apoiando um papa herético, líder de uma igreja herética.
Gente, o que é isso? Ajudem-me, por favor!
Estaria eu me referindo ao conteúdo das mensagens? Estaria eu dando apoio ao papa e suas pretensas "heresias"?
O que foi aquilo? Eu, de boa fé e em nome da amizade, com intuito de evitar que minha amiga passasse por "boateira", "fofoqueira", caluniadora e recebo uma avalanche de críticas como se minha intervenção fosse um ataque à amiga, uma defesa de doutrinas indefensáveis...
Meu, foi punk...
O que fiz: Despedi-me, na boa, da amiga, "sem ressentimentos" e deixei pra lá...
Fazer o quê? Estão misturando "alhos com bugalhos" e isto tem se tornado MUITO comum, infelizmente.
Um ser à procura de sua humanidade. Seja bem vindo, e fique à vontade para comentar!!!
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Reforma do Pensamento - Edgar Morin - 1
...
"Todas as crises da humanidade planetária são, ao mesmo tempo, crises cognitivas."
...
"Submersos na superabundância de informações, para nós fica cada vez mais difícil contextualizá-las, organizá-las, compreendê-las. A fragmentação e a compartimentalização do conhecimento em disciplinas não comunicantes tornam inapta a capacidade de perceber e conceber os problemas fundamentais e globais."
...
"Nosso modo de conhecimento fragmentado produz ignorâncias globais."
...
"[A reforma do pensamento] trata-se de substituir o paradigma que impõe o conhecimento por disjunção e redução, por um paradigma que pretende conhecer por distinção e conjunção."
...
"Pascal: Todas as coisas sendo causadas e causantes, ajudadas e ajudantes, mediatas e imediatas, e todas interligando por um laço natural e insensível que liga as mais distnates e mais diferentes, considero impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, e não menos impossível conhecer o todo sem conhecer particularmente as partes."
Edgar Morin em "A Via"
"Todas as crises da humanidade planetária são, ao mesmo tempo, crises cognitivas."
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"Submersos na superabundância de informações, para nós fica cada vez mais difícil contextualizá-las, organizá-las, compreendê-las. A fragmentação e a compartimentalização do conhecimento em disciplinas não comunicantes tornam inapta a capacidade de perceber e conceber os problemas fundamentais e globais."
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"Nosso modo de conhecimento fragmentado produz ignorâncias globais."
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"[A reforma do pensamento] trata-se de substituir o paradigma que impõe o conhecimento por disjunção e redução, por um paradigma que pretende conhecer por distinção e conjunção."
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"Pascal: Todas as coisas sendo causadas e causantes, ajudadas e ajudantes, mediatas e imediatas, e todas interligando por um laço natural e insensível que liga as mais distnates e mais diferentes, considero impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, e não menos impossível conhecer o todo sem conhecer particularmente as partes."
Edgar Morin em "A Via"
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
A função dos cães
Perdi a Hilda.
Minha querida pastor alemão sumiu num fim de semana que eu não estava em casa.
Ao voltar pra casa, dei início a uma busca quase frenética:
Postei um apelo no Facebook; conversei com meus vizinhos; consultei a filha - veterinária sabe dessas coisas - sobre o que fazer e ela fez uma postagem com enorme repercussão no FB; imprimi uns cartazes e os distribuí pelo bairro. Um conhecido dispôs-se a correr o bairro comigo a perguntar por ela.
No dia seguinte, 5 dias depois de sumida, a Hilda voltou pra casa. Haviam-na achado a 3 quilômetros de casa e dado água, ração e atenção até acharem o proprietário - eu.
Logo após o retorno da fugitiva, voltei aos locais onde havia deixado os cartazes e pedi para retirá-los porque a cachorra havia sido encontrada. Sem exceção, todos deram suspiros de alívio, "graças a Deus!" fervorosos e efusivos "parabéns!", "que bom!". Uma jovem balconista de loja até me disse que havia sonhado com ela e se manifestou sinceramente feliz com o desfecho.
Nos dois dias seguintes, recebi dois telefonemas e um whatspp de pessoas que haviam visto um cão parecido com a Hilda e queriam me informar. Ao saberem do seu retorno sã e salva, cumprimentaram-me pelo fato e um até diss estar rezando por mim e pela Hilda.
A mesma coisa aconteceu no Facebook: as pessoas, algumas da quais nem me conhecem direito, deram vivas pelo meu reencontro feliz com minha cachorra.
O que isto quer dizer? Como interpretar esses gestos de solidariedade? Como pode um cão provocar reações de empatia incondicionais?
Minha querida pastor alemão sumiu num fim de semana que eu não estava em casa.
Ao voltar pra casa, dei início a uma busca quase frenética:
Postei um apelo no Facebook; conversei com meus vizinhos; consultei a filha - veterinária sabe dessas coisas - sobre o que fazer e ela fez uma postagem com enorme repercussão no FB; imprimi uns cartazes e os distribuí pelo bairro. Um conhecido dispôs-se a correr o bairro comigo a perguntar por ela.
No dia seguinte, 5 dias depois de sumida, a Hilda voltou pra casa. Haviam-na achado a 3 quilômetros de casa e dado água, ração e atenção até acharem o proprietário - eu.
Logo após o retorno da fugitiva, voltei aos locais onde havia deixado os cartazes e pedi para retirá-los porque a cachorra havia sido encontrada. Sem exceção, todos deram suspiros de alívio, "graças a Deus!" fervorosos e efusivos "parabéns!", "que bom!". Uma jovem balconista de loja até me disse que havia sonhado com ela e se manifestou sinceramente feliz com o desfecho.
Nos dois dias seguintes, recebi dois telefonemas e um whatspp de pessoas que haviam visto um cão parecido com a Hilda e queriam me informar. Ao saberem do seu retorno sã e salva, cumprimentaram-me pelo fato e um até diss estar rezando por mim e pela Hilda.
A mesma coisa aconteceu no Facebook: as pessoas, algumas da quais nem me conhecem direito, deram vivas pelo meu reencontro feliz com minha cachorra.
O que isto quer dizer? Como interpretar esses gestos de solidariedade? Como pode um cão provocar reações de empatia incondicionais?
Sim, porque ninguém, em tempo algum, perguntou-me qual era minha religião, ninguém pediu-me antecedentes criminais, prova de heterossexualidade, minha opinião sobre a Dilma, o Corinthians ou o funk. Na verdade, pouco se lhe importava quem eu era, o que pensava, quais eram meus valores. O importante era que EU HAVIA PERDIDO A HILDA e isso sobrepunha-se a qualquer diferença que poderia haver entre nós. A preocupação pelo bem estar da Hilda nos fez todos irmãos.Quase sinto pena de tê-la achado...
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