De certa forma, somos todos ateus.
Somos ateus do deus do outro. Sim, porque cada um de nós tem um deus (pelo menos, um). Mesmo que afirmemos que ele é o deus de todos, extraído da mesma base e comungado na mesma comunidade religiosa, o "seu" deus é único, não porque não existam outros, mas porque ele é o deus da sua "criação". Formado, talvez, por miríades de concepções, experiências, influências e que tais durante os anos de formação e maturado por reflexões - ou pela falta dela - na idade adulta, o "seu deus" é só seu.
E sendo só seu, somos ateus do deus dos outros, de todos os outros.
Os ateus também os tem. Não os adoram em templos, nem dão louvores a eles, mas não escapam de servir a esses deuses. Conscientemente escolhidos ou não, todos os ateus creem em seu deus particular, não-religioso.
Como avaliar a qualidade do seu deus? Ou somos apenas avaliados por ele e não temos o direito de avaliá-lo?
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