Assisto, embevecido, o documentário "Tour de France", na Netflix.
Logo no primeiro episódio do tour de 2023 há um acidente com o ciclista mais esperado para enfrentar os vencedores de 2021-2022: R. Carapaz. E ele tem um acidente, sofre lesão no joelho e está fora da competição.
Mas o que me chama a atenção é o desempenho de outro grande ciclista - Tom Pidcock -, um jovem e ainda uma promessa de vencedor. A primeira etapa não acontece como ele queria (previa?) e seu desempenho é pífio. Além da equipe e dos patrocinadores, o maior desapontado é ele mesmo. Sentiu a pressão de obter resultado, o que não ocorria no passado, pois não era reconhecido como um "craque". Enquanto recebe a massagem necessária para aliviar a musculatura exausta do esforço, ele recebe a visita de um membro da equipe técnica que o questiona:
"Como você está?"
Ao que ele responde: "Me sinto um merda".
"Por que?", questiona o diretor. "Pense nos grandes resultados que você já teve na carreira e esta competição está apenas começando" (e dura 3 semanas!)
"Porque a última (ou mais recente) corrida é a que te define."
"Isso é besteira." Retruca firme o diretor. "Nenhuma prova isolada te define. Esquece isso."
Parei de ver o episódio para escrever aqui...
O que é que me define? Com certeza, depois de 72 anos, não é e não será "a última corrida". Sejam os "patrocinadores", sejam "os técnicos", seja a opinião dos que me conhecem, não serei definido por meu último ato.
Espero que Tom também tenha se convencido disto e mostre quem realmente é nos próximos episódios.
Veremos.
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