Escrevi no Facebook:
"Alguém
pode se perguntar o que é que eu tenho contra os partidos políticos.
Contra os partidos, nada. O problema é que TODO partido aspira ao poder.
E pra chegar "lá" e lá manter-se, TODOS vendem a alma pro diabo. Enfim,
o problema é o danado do "pudê" e da grande verdade que o poder
corrompe... sempre."
Um amigo comentou que sim, "mas
um mal necessário em uma democracia representativa...não é perfeita,
mas não inventaram nada melhor...na verdade todo HOMEM aspira algum tipo
de poder...não são os partidos, somos nós..."
O que me fez responder que "é
necessário imprimir na organização social uma regra pétrea de alta
rotatividade de poder, de diluição do poder, de aproximação do poder com
a população - que é de onde emana o poder político, certo? Os partidos,
por serem permanentes, aspiram
o poder para perpetuarem-se nele. É instinto de preservação mesmo. O
que acontece com toda organização humana - até, e inclusive, as igrejas.
Se faz necessário solapar esse poder, castrar essas ânsia, esvaziar
esse objetivo, enfraquecer o instinto. E isso só se faz com constantes e
profundas mudanças no poder."
O que, em resumo, é minha grande diferença com as instituições, em geral. Todas caem na busca pela auto-preservação e manutenção do poder que adquirem ao ter sucesso junto à comunidade. Pois o poder tem o grande benefício de dar - aparente - solidez e segurança. E aí o objetivo, a missão da organização foi pro beleléu e a instituição começa a trabalhar para viver (e manter o poder é parte disso) e não para servir.
A pergunta, então é: Será desejável um sistema político sem partidos? Desejável, talvez; possível, duvido.
Proponho que seja restrito ao mínimo o poder dos partidos:
- seja através dos métodos eleitorais, seja através da distribuição de representatividade, forma de funcionamento das assembleias de eleitos (pra quê Senado?), da remuneração deles, etc
- e descentralizado ao máximo o alcance do poder - via municipalização, por exemplo
- e promovida a constante rotatividade dos representantes do povo - com o fim da re-eleição, adoção do voto distrital, etc.
Tá bom assim, pra começar. Só pra começar...
Um comentário:
Rubinho,
Para começar tá bom. Essas manifestações mostraram o quão distante está a política partidária das necessidades da população. O Ellul se fosse vivo, certamente vibraria pois o movimento não deixa de ter algumas idéias anárquicas.
Abração.
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