sábado, 29 de dezembro de 2018

28 de dezembro de 2018

Minha sobrinha conversava com minha filha sobre os livros lidos em 2018. A conversa girava em torno de números. Falavam sobre 12 livros por ano e as dificuldades enfrentadas pra manter o ritmo, a  constância de leitura, devido a vários fatores: tamanho dos livros, interesse do assunto, disponibilidade de tempo para leitura.
A minha sobrinha lê livros físicos e digitais. Isto facilita ler 2 ou mais livros ao mesmo tempo, pois o e-reader pode ser facilmente levado a qualquer lugar e lido mesmo no escuro. Mas prefere livros físicos por sua textura, cor, e até cheiro.
Ambas falam sobre as oportunidades de leitura: sala de espera de consultórios e escritórios, a necessária ida diária ao banheiro, viagens de ônibus, avião, metrô e uber, momentos livres no trabalho, momentos antes de dormir.
Na verdade, para pessoas como elas, os livros são parte essencial do cotidiano.
Já não leio obsessivamente como elas. Adotei o método "slow reader" e leio só 3 a 4 livros/ano. Leio uma ou duas páginas e deixo o texto "sink in" - penetrar minha mente, meu corpo - provocar as emoções que possa provocar e ser digerido, antes de retomar a leitura, horas ou dias depois.
Este ano li "Quase Canções" - deliciosa coletânea de depoimentos de vida - publicado pelo Museu da Pessoa, de SP. Li "Homo Sapiens", de Yuval Harari, também extraordinário.
No segundo semestre comecei - na verdade, recomecei depois de alguns anos - a leitura de "Viva o Povo Brasileiro", de Ubaldo Ribeiro, atraído pela possibilidade deste texto me ajudar a entender a inaceitável guinada à direita da política brasileira. Ainda não terminei. E comecei a ler o diário de Edgar Morin, "Um Ano Sísifo", pois já li - e adorei - dois outros diários dele ("Diário da Califórnia" e "Chorar, Amar, Rir, Compreender").
A influência de Edgar Morin sobre mim é tão grande que a decisão de escrever sobre minha vida e reflexões neste blog se deve a ele.
Espero não matar meus leitores de tédio.
Também adquiri um e-reader. Sobre isso, falarei outro momento.

Um comentário:

Obadias de Deus disse...

eu faço parte do grupo de leitores obsessivos que leem em qualquer lugar. mas as atividades profissionais me impedem de ler mais. esse ano terei lido apenas 12 livros. mas tive a grata surpresa ao perceber, ao longo do ano, a adesão da obsessão da leitura pela flavia e o vitor (meu filho mais velho) que, apesar de leitores constantes, não se caracterizavam pela "obsessão". por causa da modinha "tag" eles estão totalmente imergidos na leitura. a flavia leu mais de 20 livros esse ano, acredito.