Recebi o texto abaixo. Concordando com os argumentos, resolvi divulgar.
*SEMPRE A MESMA SABOTAGEM*
"Palas Atena
Li que hoje servidores federais da educação entraram em greve. O movimento é organizado pelo sindicato nacional dos servidores de educação básica, profissional e tecnológica (sinasefe) e já tem a adesão de 270 institutos.
Eles reivindicam: aumento entre 22,71% a 34, 32%; reestruturação da carreira; aumento do orçamento; ajustes imediatos de auxílios e bolsas, entre outras medidas. Querem que o atual governo revogue todas as legislações (leis, decretos) impostas pelos golpistas temer e genocida, consideradas prejudiciais à educação.
Também a associação nacional dos docentes das universidades (andes) está organizando greve de professores universitários. Funcionários do Ibama, ICMBio do Banco Central também estiveram/estão em greve. Todos querem que o governo atual recupere em um ano o que o golpe lhes tirou em sete. Foram mais de sete anos de destruição do Estado, mas só agora os servidores resolveram reagir.
Fico só observando. Nos governos temer e genocida, esse pessoal ficou pianinho. Os sindicatos desapareceram. Por pouco, paulo guedes, que disse naquela famosa reunião que ia colocar uma granada no bolso dos servidores públicos, não aprovou uma reforma administrativa que, no final das contas, acabaria com a carreira de servidor público.
Ficariam sem estabilidade, poderiam ser demitidos a bel prazer dos chefes de cargos comissionados, indicados por deputados, senadores, governadores. Íamos voltar à velha prática de aparelhamento do serviço público, cabide de emprego de parasitas.
Me lembro que, em 2014, 2015, no governo Dilma Rousseff, acuado de todo lado, prestes a ser golpeado, os mesmos servidores faziam greve atrás de greve, gritavam "Fora, Dilma". Teve aquela cena emblemática de carteiros queimando a bandeira do PT. Conseguiram o que desejavam: Dilma foi golpeada.
Por ajudarem a derrubar o governo, no golpe de michel temer, tiveram de recompensa: arrocho, programa de demissão voluntária, perda do direito à aposentadoria com a reforma previdenciária, cortes de promoções, demissões em massa, sucateamento das instituições com cortes e/ou contingenciamentos de verbas, a ponto de o MP precisar agir para a justiça obrigar os desgovernos temer e genocida darem verba a fim de as instituições de ensino não fecharem, literalmente.
Nenhum sindicato organizou nada enquanto havia esse desmonte. Mas foi só o governo Lula voltar para os servidores ficarem valentes de novo. Valentes e alienados, sem noção de conjuntura. Fora aqueles servidores que aderiram ao bozofascismo, como barata que se apaixona por inseticida.
Hoje vivemos um semipresidencialismo, em que deputados e senadores se sentem no direito de determinar como o governo vai distribuir o orçamento do União. Abocanham sem a mínima cerimônia grandes somas das verbas destinadas a setores essenciais, como educação e saúde.
Sabotam a arrecadação do governo, como fez o pústula rodrigo pacheco, ao mesmo tempo em que impõem déficit zero. Os jornais diuturnamente cantam o mantra: governo gastador para impor a agenda ultraliberal dos desgovernos temer e genocida.
Fernando Haddad já está fazendo malabarismo com o parco orçamento que tem. Neste ano, teve de contingenciar mais de 2bi. Para evitar cortar na educação e na saúde, tirou isso das verbas do PAC, no setor de transporte.
Mas, com o golpe que tomou do pústula rodrigo pacheco que, rompendo acordo com a Fazenda, manteve a desoneração dos municípios (ou seja, eles não pagarão impostos da União), terá de fazer novos cortes do orçamento para manter o tal equilíbrio fiscal.
Ah! Mas Haddad é ultraliberal, propôs o déficit zero. Haddad fez mágica ao conseguir derrubar o criminoso teto de gastos imposto pelo golpista michel temer e que, se mantido, simplesmente impediria o governo Lula de comprar clipes.
Haddad conseguiu aprovar a PEC do Orçamento para que o governo respirasse em 2023. Com isso, concedeu 9% de aumento para os servidores federais e 45% de reajuste do vale refeição/alimentação, entre outros ajustes.
Como Dilma em 2014, 2015, o governo Lula está sob cerco da mídia golpista, do Congresso bozofascista, do agronazi que exigiu renegociação de dívidas e, para chantagear, reteve produtos a fim de que aumentassem os preços lá na ponta, nos supermercados. As altas de arroz, feijão, leite e outros produtos da cesta básica tiveram dedo do agronazi, retendo a produção (soja, milho e afins que são insumos para a produção desses alimentos da cesta básica).
Os servidores têm direito à greve? Óbvio. Têm direito a reivindicar melhoria de salários, valorização da carreira e afins? Mais óbvio ainda. Mas o que não podem é sabotar um governo que é aberto ao diálogo e, mesmo acuado por forças golpistas, se abre a negociações dentro do que lhe é possível.
Volto a dizer. Temos um Congresso que está governando. Se apropria de verbas do orçamento, por meio de emendas impositivas dos deputados/senadores, sem nenhuma contrapartida ou compromisso com programas sociais. São emendas para fins eleitoreiros.
Neste ano, as bancadas do quadrilhão, bozofascistas estão abastecendo prefeitos em seus currais eleitorais. Nísia está sob fogo cerrado por causa disso.
Os deputados e senadores pressionam por mais verbas para suas "bases", sem nenhuma vinculação com programas de saúde, como postos de saúde, vacinação, farmácia popular. É grana para prefeito fazer campanha e, assim, garantir palanque para deputados e senadores em 2026.
A greve de servidores federais neste ano é um repeteco do que fizeram em 2014 e 2015, o que ajudou a culminar no golpe. Lula não é Dilma Rousseff, tem genialidade política e mais jogo de cintura.
Mas os servidores estão contribuindo para criar as "narrativas" a serem usadas pelo bozofascismo para eleger um número absurdo de prefeitos e vereadores e, assim, chegar quase que imbatível em 2026. Depois não digam que não foram avisados."
Leio e torço, com misto de esperança e conformismo, que a esquerda, por fim, ache um caminho. Sei lá...
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