terça-feira, 6 de julho de 2010

Extremos

O emocionante video sobre Nick Vujicic, que o Fernando Kuhlmann postou no Facebook provocou uma reflexão sobre os extremos: essa coisa radical, incrível e profunda que acontece de vez em quando e que nos deixam pasmos, assombrados - em "awe", como dizem os americanos - mesmo agora, quando a tecnologia é capaz de reproduzir em 3D digital praticamente qualquer coisa que o ser humano possa imaginar.
São os tsunamis, terremotos, vulcões, Hitlers, Hiroshimas, Vietnãs e outros eventos fabricados por mãos humanas ou pela natureza, que pela sua grandeza e inimaginável radicalidade nos levam a perceber a que extremos podemos ser levados.
Dois destes "extremos" individuais me chocaram recentemente: o primeiro foi o filme "O Escafandro e a Borboleta", belíssimo e tristíssimo relato do caso verídico do jornalista francês Bauby, forçado a uma vida restrita a um olho que pisca; o segundo foi conhecer Nick, o jovem sem braços e sem pernas, mas com uma vida tão dinâmica como possa ser a de qualquer um de nós.
Tão forte quanto o impacto destes extremos na vida de pessoas comuns é a reação de alguns frente a eles: conseguem extrair incentivo, lições, ânimo para seguir com suas vidas, pois os problemas e obstáculos que enfrentam se mostram menores, pequenos, insignificantes perto de tragédias tão imensas. E tais fatos, por si só espantosos, adquirem um significado adicional, um valor que o fato em si não teria, tornam-se mensagem tanto para os envolvidos quanto para os que venham a conhecer tais extremos.
Da escuridão nasce a luz.

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