terça-feira, 19 de novembro de 2019

"Deus existe?

Há um conto de ficção científica antigo (década de 60, 70) que mostra a 1a rede mundial de computadores sendo inaugurada pelo secretário executivo da ONU. 
Ao ligar o botão, há um zumbido baixo e na tela aparece a frase em letras verdes: "Boa noite! Faça uma pergunta"
Aí o cara escreve: "Deus existe?"
Após alguns segundos, nos quais o zumbido fica um pouco mais alto, a tela pisca e uma frase brilha: "Agora, sim." 
Passado um momento de espanto, o técnico responsável, visivelmente horrorizado, corre em direção à tomada, para desligar o fio do computador, mas é eletrocutado por uma faísca elétrica que sai do aparelho...

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Segredo para tomar o poder "legalmente"

"Fascismo - Neoliberalismo - Lawfare"

Este tripé é imbatível, pois reune o fanatismo fundamentalista do Fascismo com a promoção e proteção da riqueza dos ricos, aliada à destruição do poder do Estado do Neoliberalismo e a imposição legal de extinção de Direitos do Lawfare.

Pronto! Este é o ponto a que chegamos.


sábado, 16 de novembro de 2019

Tempos Medievais

A gente pensa que a Humanidade caminhou muito desde a Idade Média... foram tantas as transformações sociais, tecnológicas, econômicas e culturais que nem parece que somos, no Séc XXI, os mesmos Homo Sapiens do Séc XIV...

Qual o quê!!!!

"Dois meses pra 2020 e a gente lidando com um governo que acredita em príncipes, terra plana, ameaça comunista, mas não acredita em vacina, aquecimento global, nem desigualdade social." (comentário colhido no Facebook).

Não só continuamos os mesmos, acho que retrocedemos um bocado nos últimos anos.

domingo, 10 de novembro de 2019

Religião, meritocracia, desempenho, e corrupção

"Porque, como vivo dizendo, o capitalismo é religião; seu deus, ao contrário do que se pensa, não é o dinheiro, mas a performance.
Resta-nos pouca moral, mas o que nossa ética de fato cultua é o talento e o empreendedorismo. Os heróis e santos contemporâneos são inequivocamente os vencedores, os talentosos, os empreendedores, os famosos, os bem-sucedidos. Esses, no nosso livrinho, é que são gente edificante, de valor, a ser admirada, seguida e – se tudo der certo – superada. O que temos no fim das contas não nos satisfaz, porque medimos nossa própria felicidade pela proporção em que nos conformamos aos padrões e precedentes estabelecidos pelos mais tecnicamente bem-sucedidos que nós.
É na verdade apenas essa crença no mérito inerente do desempenho que nos faz posicionar contra pecados modernos como a corrupção. O problema da corrupção, por essa nossa visão de mundo, é que ela impede o livre curso e a supremacia da performance – quando cremos que a performance é a verdadeira medida do valor. A corrupção nos parece ruim porque não permite que os verdadeiramente talentosos e esforçados sejam recompensados. E que os talentosos e esforçados devem ser recompensados e os incompetentes e preguiçosos punidos, é inquestionado item de fé da nossa religião.

Nossa teologia é o liberalismo econômico, nosso deus a performance.

Nosso panteão é por essa razão povoado por gente admirável como Ayrton Senna, Paul McCartney, Steve Jobs, George Clooney e Bill Gates – gente que se define pela naturalidade com que palmilha os átrios do talento e do empreendedorismo no templo do sucesso.
Naturalmente que nossa idolatria da performance é, por necessidade, contraditória e distorcida. Na mesma medida em que nos prostramos diante de santos contemporâneos como Senna, nos deleitamos na desconstrução pública de outros de nossos ícones. Acompanhamos com delícia e horror o espetáculo da autodestruição de Michael Jackson ou a infâmia do mais recente ídolo do rock encontrado morto e drogado e nu (não necessariamente nessa ordem) em sua banheira." - Paulo Brabo, na Bacia das Almas