sexta-feira, 29 de junho de 2012

Racista!!!

Sempre me considerei uma pessoa livre de racismo. Tive e tenho amigos negros, amarelos, mulatos, africanos, asiáticos, ricos, pobres, gays, héteros, cristãos, ateus, muçulmanos, espíritas, intelectuais, analfabetos, corintianos, flamenguistas, e até argentinos...
Mas um fato simplório destruiu essa auto-imagem há poucos dias:
Voltava para meu carro, depois de passar pelo banco, e falava ao celular quando percebi um movimento atrás de mim e me virei pra ver quem era.
A reação de susto não foi causada por nenhuma atitude estranha ou ameaçadora de quem vinha atrás de mim. Foi sua aparência.
Quem vinha pela calçada, por acaso atrás de mim, era um rapaz mulato, com roupas velhas, um pouco sujas, que se assustou com meu susto e disse:
"Na boa, amigo, só estou de passagem. Sou um trabalhador, de paz. Trabalho ali no estacionamento, não precisa ficar com medo..."
Balbuciei algo tipo "que é isso, imagina, tem problema não!", mas ficou patente que meu constrangimento só não foi maior que minha vergonha. A máscara caiu e meu racismo enrustido, escondido, camuflado mostrou-se em toda a sua opulência e crueza.
Por que? Por que não consigo ver na cor da pele, no vestuário, apenas uma pessoa como eu, merecedora do meu respeito e consideração, e até solidariedade? A história de violência das cidades explica, mas não pode justificar minha atitude. Sou preconceituoso, sim! Triste confirmação.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Frases inúteis

"Dize-me com quem andas..."
...E não saberei absolutamente nada sobre ti!
e
"Uma imagem vale por mil palavras..."
Mas mesmo assim, ainda estará sujeita a mil interpretações diferentes (e, na maior parte, equivocadas). 

(pensamentos soltos provocados pelas celeumas Lula-Malu-Erundina e Xuxa-Fotos-Justiça)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Ginjinha - Observações de um Turista Distraído 4 (em Portugal)

A beber uma deliciosa ginjinha


Óbidos é uma cidadezinha medieval cercada por muralhas que guardam a história do início de Portugal - foi tomada dos mouros em 1145! - e além das bem preservadas muralhas, e castelo, e ruas, e casas, e igrejas, tem uma atração turística deliciosa: a Ginjinha.
Elaine e eu caminhávamos pelas ruas estreitas, na noite fria de nossa chegada à cidade, quando nos deparamos com um barzinho de aspecto sui generis com um letreiro chamando a atenção do turista para o fato de ser o local onde primeiro se vendeu a famosa Ginjinha de Óbidos. Curiosos, entramos no estabelecimento e pedimos um cálice da bebida... um delicioso licor, que pode ser servido em copinho de chocolate - come-se à medida que se bebe.
Enquanto degustávamos a bebida, observávamos atentamente para a "decoração" do local: cheia de velharias, garrafas, fotos etc. Ao notar nosso interesse, e sabendo que éramos brasileiros, o proprietário fez questão de nos mostrar um pequeno quadro na parede com uma carta manuscrita e assinada por... Juscelino Kubitschek, nosso ex-presidente!!! O dono do bar contou que o proprietário anterior recebia a visita de Juscelino sempre que este ia a Portugal, o que era frequente, porque gostava muito de beber uma ginjinha nesse bar enquanto batia um bom papo com os moradores locais.
Apesar de pequeninha, Óbidos tem duas atrações que compensam em muito uma visita: a cidade em si, tão medieval e tão preservada; e a ginjinha, bebida simples e deliciosa!


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Até onde irás

Até onde irás para conseguires o que desejas?
Para alcançar objetivos, sabemos bem, é preciso ser flexível. Afinal, "o bom é inimigo do ótimo", dizem todos. Não é?
E nossos objetivos, tão sublimes e merecedores de admiração e aplauso, não podem ser frustrados. Que valor tem alguém que luta "o bom combate" - como diria o apóstolo São Paulo - e só fracassa; joga o jogo, mas só perde? Qual é a relevância dos perdedores, dos que nunca alcançam seus ideais?
É preciso lutar sempre. Com as armas que tivermos à mão. É preciso astúcia, flexibilidade, é preciso "compromise" - dito em inglês bem claro. Estratégias, alianças, união tática de forças para se conseguir aquilo pelo qual vale a pena lutar: "o bem comum".
Não são fartos os exemplos de grandes homens que - para realizarem grandes feitos - tiveram que se unir até a notórios adversários, ou a pessoas com quem tinham profundas diferenças??? Churchill, Roosevelt, Luther King, e tantos outros abriram mão de algo para conseguir algo mais.
Hummmm...
Não sei não. Até que ponto podemos ir? O quanto podemos abrir mão de convicções para ser bem sucedidos? Qual o preço a pagar para ser bem sucedido? O quanto é "alto demais"?
Volto o pensamento para o personagem quase anônimo da Palestina de 2 mil anos atrás. Obviamente seu exemplo não serve, pois foi um fracasso. Mas, supondo que não tivesse sido, como ele se comportava? "Compromise"? Era uma homem flexível? Abria mão do que pensava para conseguir algo mais? Fez alianças com os poderosos? Alterou seu comportamento para "ficar bem na fita"?
Muitos aplaudem a atitude da ex-prefeita Erundina. Outros a execram. Eu não sei...
Uma coisa sei. Isso tudo me fez pensar: "Até onde eu iria?"

Mensagem Pessoal

Quer apaixonar-se?
Veja e escute. Com calma, com atenção.




Mais si tu crois un jour que tu m'aimes
Ne crois pas que tes souvenirs me gênent
Et cours, cours jusqu'à perdre haleine
Viens me retrouver
Si tu crois un jour que tu m'aimes
Et si ce jour-là tu as de la peine
A trouver où tous ces chemins te mènent
Viens me retrouver
Si le dégoût de la vie vient en toi
Si la paresse de la vie
S'installe en toi
Pense à moi
Pense à moi
Mais si tu crois un jour que tu m'aimes
Ne le considère pas comme un problème
Et cours, cours jusqu'à perdre haleine
Viens me retrouver
Si tu crois un jour que tu m'aimes
N'attends pas un jour, pas une semaine
Car tu ne sais pas où la vie t'emmène
Viens me retrouver
Si le dégoût de la vie vient en toi
Si la paresse de la vie
S'installe en toi
Pense à moi

Pense à moi.

(Não é apaixonante?!)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Receita para viver


Donner pour donner, tout donner
C'est la seule façon d'aimer
Donner pour donner
C'est la seule façon de vivre
C'est la seule façon d'aime

Elton John e Frances Gall, em canção de Michel Berger e Bernie Taupin
(É simplesmente linda. E profunda.)

Quando fazer música não era questão de mercado.

A cronista do jornal "Estadão", Lucia Guimarães, escreveu ontem (18/06/12) sobre o livro de Michael Sandel, professor de de filosofia de Harvard, sob o título "Limite moral do mercado".
Coincidentemente, escrevi sobre como me sinto insultado por esses ricaços que ostentam suas fortunas em Ferraris e Lamborghinis por este pobre Brasil afora.
Hoje, meu amigo Adiron publicou no FB um link do blogue do Sakamoto no qual este afirma que "a ostentação devia ser crime previsto no Código Penal".
Há algo no ar...
Mas houve um tempo em que músicos não se importavam em fazer músicas impossíveis de serem transmitidas pelo rádio, por serem longas demais, um lançadas em disco, por serem experimentais demais. A preocupação era fazer música.
Um exemplo? Este aqui, do Pink Floyd em se início, ainda com Syd Barrett:

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Observações de um Turista Distraído - 3 (Península Ibérica)

Três fatos me chamaram a atenção em Portugal e na Espanha no que se refere aos automóveis:
1- Apesar da renda "per capita" muito superior à nossa, vi poucos carros super-luxo (Rolls, Ferrari, Lamborghini, etc) pelas ruas, sejam de Lisboa, Madri ou Barcelona.
Vi, sim, muitos carros bons, que chamamos de luxo aqui, por serem tão caros, mas que lá o preço não é tão absurdo assim: Mercedes, Audis, Volvos, Jaguars, Camaros, Mustangs, Porshes. Mas estes custam 5 a 10 vezes menos do que os super-luxo, que me ofendem quando passam pelas ruas brasileiras (como aconteceu ontem, em pleno Campolim - Sorocaba, um ricaço insensível passeava com uma Ferrari conversível amarela. Com o que ele pagou pelo carro, podia estar em um belo Mercedes SLK conversível e ainda custear a alimentação de 10 famílias pobres por um ano, no mínimo!!!). E lá, a presença desses luxuosos não ofende tanto, pois a distribuição de renda é bem melhor que no Brasil.
2- Notei a ausência dos carros coreanos, nas ruas ibéricas. Japoneses, vi muitos. Eram Toyota, Honda e Mitsubishi e Suzuki. Mas KIA e Hyundai eram raríssimos. E não é por falta de revendedores, não. Havia-os em todas as grandes cidades. Acho que os ibéricos não vão com a "cara" dos coreanos, não. Só não sei porquê. Será que eles lá são mais exigentes do que nós quanto à qualidade dos automóveis? Ou serão mais caros do que os concorrentes? Estranho...
3- No mais, lamentei a pouca quantidade de carros elétricos e/ou híbridos rodando pela península. Os poucos que vi eram alguns táxis Prius. Pensei que fosse ver muitos mais.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Hackeado!!!!

Alguém se apossou da senha minha conta Yahoo e enviou msg a centenas de meus contatos contendo links suspeitos.
O Yahoo percebeu a movimentação estranha e bloqueou o enviou de msg a partir da minha conta até que eu alterei a senha.
Caso você receba uma msg minha sem assunto, proveniente do meu e-mail Yahoo, NÃO clique no link!!!! É vírus!!!
E me desculpe pelo transtorno.
Abraços
Rubens

quarta-feira, 13 de junho de 2012

É ou não é? - Observações de um Turista distraído 2 (na Espanha)

Barcelona não é Espanha.
Não foi isso que me ensinaram nas aulas de geografia do ginásio. Não é assim que mostram os mapas da Europa. Mesmo lá em Barcelona, eles admitem - a contragosto - que são espanhóis.
Mas Barcelona não é Espanha.
Lá fala-se catalão. Você pode pensar que é apenas um dialeto, tal como o falar nordestino, ou gaúcho aqui no Brasil. Engana-se. É uma língua muito estranha, meio francês, meio italiano, meio português... até meio espanhol. Então, não é nenhuma delas.
Você desce do metrô e a placa não diz "Salida", ou "Saída", nem "Sortie", ou "Uscita". Mas você entende, porque diz: "Sortida".
E olha que eu nem comecei a falar da arquitetura de Gaudi...

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Hilda!

Novo membro da família:
Hilda, pastor alemão de quase 4 anos de idade.
Dócil, obediente e muito esperta, Hilda mudou-se para cá ontem, em função da necessidade de um cão para guardar a casa e fazer companhia para seus habitantes, que há pouco perderam dois grandes cães de guarda e companhia: Skinner e Magnum.
Melhor solução não poderia haver!
Seja bem vinda, Hilda!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Observações de um turista distraído (em Portugal) - 1

A maior diferença entre Portugal e outros países que já visitei foi o imenso número de coisas que nos remetem ao Brasil: personagens da história, da literatura, nomes, costumes, linguagem, enfim muita coisa, por mais diferente que fosse, apontava para uma ligação com os brasileiros.
Por exemplo, em Coimbra fomos jantar - chovia a cântaros - mais para nos abrigar da chuva do que por fome, e nos recomendaram "feijoada". Feijoada??? Por que iríamos nós comer lá um prato tipicamente brasileiro? "Porque esta é a feijoada portuguesa". Rendemo-nos ao argumento e provamos o prato. Muito bom, mas diferente da nossa, em sabor e ingredientes.