domingo, 26 de maio de 2019

Ah! As canções francesas... L'Amour!!!

Duas canções francesas que gosto imensamente, que tocam meu coração e me emocionam... Não são francesas!!!!

Uma é a famosa "Joana Francesa" (para ouvi-la, clique), de Chico Buarque, parte da trilha sonora do filme de mesmo nome, um filme de drama de 1973.

A outra é de um inglês, com título de "Sir", que gravou a canção "Donner pour donner" com a francesa Frances Gall, na década de 1970, Elton John (para ouvi-la, clique aqui).

Meu francês é péssimo, mas estas canções são espetaculares, não?

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Nem sempre o melhor time vence.

É coisa aceita e confirmada muitas vezes: Nem sempre o melhor time vence.
Na História humana também há numerosos casos onde a alternativa que seria mais adequada e vantajosa para o ser humano foi derrotada pelas forças destrutivas, negativas e impróprias ao bem estar da humanidade.
Vejam, por exemplo, a cristandade. Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de História concordará que o Cristianismo que venceu e dominou o Ocidente por mais de mil anos não é o que sonhava, pregava e demonstrava o Homem de Nazaré, conforme relatado nos Evangelhos. Até mesmo o apóstolo Paulo, tido como mentor da religião que se instalou no Império Romano com o imperador Constantino, não defendia o que veio se tornar a religião cristã, diferente (ou mesmo oposta) da tão fervorosamente defendida e anunciada por Paulo.
Mais recentemente também, uma alternativa melhor do que a existente foi proposta à humanidade, ou, pelo menos, ao Ocidente, mas naufragou fragorosamente, sobrando apenas vestígios aqui e ali, em especial, nas artes.
Refiro-me ao movimento de contracultura dos anos 60. O movimento que pregava "Faça amor, e não a guerra", "Paz e Amor", "Cada um na sua", "Ser é melhor que ter", "Seja você mesmo", "O Poder para o Povo", "Dê uma chance à Paz", "Não confie no homem", "Siga o fluxo", "Ontem é só uma lembrança, o amanhã nunca é o que pensamos que seria", "Foda-se o establishment!".
Alguns dirão: Você se refere aos hippies?!?!? Aquele bando de drogados lunáticos, promíscuos e vagabundos!?!?!?!?
Eles também, mas não só. Havia um movimento sólido de negação da vida social, política e econômica tal como o Ocidente havia incorporado. Uma negação da violência, do poder, do dinheiro, das instituições e das convenções sociais como instrumentos de bem estar. Pelo contrário, viam no status quo (isto é, no Capitalismo) o supra sumo da opressão, do antinatural, da escravidão, da exploração de muitos por uns poucos.
Infelizmente, como bem aponta Zizek no seu recente diálogo com J. Peterson - Felicidade, capitalismo e marxismo - o capitalismo teve e tem a enorme capacidade de absorver, anular e cooptar as forças que lhe são contrárias, a ponto de transformar em produto para venda, aquilo que se opõe ferozmente a ele.
Resta-nos ouvir, como eco de uma era promissora, mas fracassada, músicas como as dos Beatles; Marley; Dylan; Crosby, Stills, Nash & Young; Cat Stevens; J. Taylor; P. Floyd e outros tantos que já se foram ou ainda fazem sucesso aqui ou ali, na onda do saudosismo. Elas falam de um mundo sonhado, mas não realizado... porque nem sempre o melhor time vence.