Movido pelo desejo de visitar minha sobrinha e seu marido recém instalados em Londres para um período de 4 anos, e pelo incontrolável impulso de viajar (este, sei que partilho com alguns de vocês também) fomos, pela primeira vez, para as Ilhas Britânicas.
Meados de maio supostamente é plena primavera e contávamos com um clima ameno.
Os planos incluíam uma viagem à Escócia, país que seduziu meus filhos quando tiveram chance de visita-lo. Também queríamos muito conhecer Cambridge, a cidade universitária onde estudaram C. S. Lewis e meu amigo Paul Freston.
A viagem via Madrid (para economizar) foi tranquila, perturbada apenas pelo fato inusitado de vários dos filmes disponíveis terem apenas legendas em chinês (!!!), o que nos forçada a ouvir com muita atenção o inglês ou espanhol originais... possível, mas cansativo.
Londres é uma cidade sedutora. Não tem o charme de Paris, a beleza natural do Rio ou o sex-appeal de Roma, mas é também uma cidade maravilhosa.
Duas fortes impressões sobre a arquitetura da cidade: 1- a grandiosidade dos edifícios (tanto antigos quanto novos) e 2- a amplitude e quantidade de parques (não é só o Hyde Park! São muitos!).
Duas fortes impressões sobre as vias da cidade: 1- a mão à esquerda é uma insanidade! 2- a quantidade de linhas de transporte público (trem, metrô e ônibus) é tão grande que parece feita para uma cidade maior do que Londres realmente é.
Duas coisas boas e valiosas: 1- o sistema de saúde público é onipresente e funciona! Não tem a concorrência de "planos de saúde" (esses sanguessugas!), nem a sofisticação da medicina americana, mas está presente no cotidiano da vida inglesa mesmo depois de muitos anos de governo conservador (Tatcher e Cameron), que tentaram, sem sucesso, demoli-lo... 2- os museus, com raras exceções, são gratuitos!!! (uma delícia poder ver tudo com calma, sabendo que se desejar, pode-se retornar quantas vezes quiser!).
Duas surpresas agradáveis: 1- é mentira que o inglês só sabe de gastronomia internacional porque não tem culinária local, se bem que não são pratos sofisticados, os ingleses tem o popular "fish & fries" - um prato de peixe empanado, com fritas que não são iguais às do McDonald's, não - e tem também o "Sunday Roast" - a comida de domingo, muito saborosa - e as "pies" - as tortas deliciosas, salgadas e doces, que experimentamos num restaurante em Greenwich com mais de 1 século de existência. 2- o famoso Tate Modern, um dos museus de arte moderna mais importantes do mundo tem várias obras de artistas brasileiros, inclusive uma sala exclusiva para Cildo Meireles... um orgulho para nós brasileiros!
E tem mais... que fica para a próxima postagem... até lá!
Um ser à procura de sua humanidade. Seja bem vindo, e fique à vontade para comentar!!!
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terça-feira, 7 de junho de 2016
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Cem mil, em dez anos, sem perceber
Curioso.
Enquanto estive afastado quase que totalmente da Internet, e, portanto, do meu blogue, eis que atingi 100000 visitas (somados os três que tenho, dos quais só este ainda está meio ativo).
Cem mil visitas em dez anos (completados em maio) não é grande coisa. Há muitos blogues que tem em um mês o que tive em dez anos.
E nunca aspirei a celebridade, o sucesso editorial, nem imaginei ganhar um tostão com essa atividade (e não ganhei).
Fi-la porque qui-la.
Mas não deixa de ser uma emoção atingir seis dígitos. Será que há alguém que me lê agora que leu minha primeira postagem nos idos de maio de 2006? Se há - duvido - muito obrigado! Tem sido um prazer e um sofrimento postar 1220 reflexões em forma de textos, músicas, e fotos.
Quanto tempo ainda virei aqui deixar minhas pegadas? Não faço a menor ideia. Se você ficar por aqui, saberá...
Enquanto estive afastado quase que totalmente da Internet, e, portanto, do meu blogue, eis que atingi 100000 visitas (somados os três que tenho, dos quais só este ainda está meio ativo).
Cem mil visitas em dez anos (completados em maio) não é grande coisa. Há muitos blogues que tem em um mês o que tive em dez anos.
E nunca aspirei a celebridade, o sucesso editorial, nem imaginei ganhar um tostão com essa atividade (e não ganhei).
Fi-la porque qui-la.
Mas não deixa de ser uma emoção atingir seis dígitos. Será que há alguém que me lê agora que leu minha primeira postagem nos idos de maio de 2006? Se há - duvido - muito obrigado! Tem sido um prazer e um sofrimento postar 1220 reflexões em forma de textos, músicas, e fotos.
Quanto tempo ainda virei aqui deixar minhas pegadas? Não faço a menor ideia. Se você ficar por aqui, saberá...
quarta-feira, 19 de março de 2014
Observações de um turista distraído - 9
Pastel de Angu
Estradas de Minas Gerais: sempre tão interessantes, paisagens, montanhas, rios, cidades, fazendas, cachoeiras.
E uma coisa nos chamava a atenção. Volta e meia aparecia algum cartaz, placa à beira da estrada propagandeando um restaurante, lanchonete, buteco. E ofereciam as delícias da cozinha mineira: queijos, linguiças, pães de queijo, comidas variadas e... pastel de angu!!!
Angu é um cozido de fubá, antigo e popular. Comida de antigamente, como se diz. Agora, fazer um pastel com angu, nunca tínhamos visto. Nem comido.
Pois quando se apresentou a oportunidade, aceitamos rapidinho a oferta da Aline, lá em Tabuleiro, de nos fazer uns pasteis de angu. Ao chegarem vimos que se trata de um pastel como outro qualquer, frito, com recheio. Mas a diferença é que a massa do dito não é feita de farinha de trigo, como os nossos aqui em terras paulistas. É feito com massa de fubá, o que lhe dá uma cor dourada, um aspecto crocante e um sabor... huuuuummmmm... DE-LI-CI-O-SO!!!!
Tá servido?
sexta-feira, 14 de março de 2014
Gentes, árvores, viagens e o sentido da vida
Viajamos, Elaine e eu,
por Minas Gerais
durante 25 dias de fevereiro. Visitamos 15 cidades, rodamos mais de 3
mil quilômetros.
Vimos 2 grutas (Lapinha
e Maquiné), dezenas de
cachoeiras (inclusive Tabuleiro, a terceira mais alta do país, com
273 metros), igrejas centenárias, lobos-guará, minas, museus (inclusive o
espetacular Inhotim), restaurantes deliciosos, e cenários fabulosos,
lindíssimos.
De tudo que vimos e conhecemos, o que nos causou maior prazer, deixou as melhores lembranças não foi nada disso. Foram as pessoas que encontramos pelo caminho.
A começar pela visita
que fizemos à Fani, amiga de infância nossa filha, a quem queremos
bem como se fora filha também. Ela, seu irmão e sua cunhada fizeram
de nossa primeira parada em Conselheiro Lafayete uma extensão do
nosso lar. Foi bom demais revê-los, conhecer sua pequena padaria, de
onde sai pão quentinho toda hora.
Em Caraça, conhecemos
o padre que se esmera por oferecer toda a noite, uma refeição
nutritiva aos lobos-guará, que a recebem como se fosse dádiva
divina, no adro do belíssimo santuário gótico do Caraça. Além da
experiência transcendental de vê-lo dar os alimentos de forma tão
respeitosa, o padre é profundo conhecedor dos hábitos e
características desses maravilhosos animais, que vivem uma vida
selvagem, exceto pelos curtos minutos quando se alimentam do que lhes
dá o padre.
Subindo sempre em
direção ao norte, ao longo da Serra do Espinhaço, conhecemos
muitas cachoeiras, em longas trilhas pela Parque S. do Cipó,
acompanhados por Pablo, mais do que um bom guia, excelente jovem,
correto, animado, que fez dos nossos passeios real diversão.
A próxima parada foi
no distrito de Tabuleiro, para conhecer a famosa cachoeira. Mas
antes, Aline, uma simpática dona de bar no vilarejo, não só nos
ofereceu comida simples feita com capricho, como pôs-se a conversar
conosco, pernas dobradas sobre o banco atrás do balcão, oferecendo
sinceramente seu olhar atento, analítico, perspicaz e divertido
sobre fatos corriqueiros e assuntos graves, enquanto matávamos a
fome e a sede.
Já em Milho Verde, um
(ainda) pequeno paraíso em pleno Espinhaço, Margot e Gaia nos
hospedaram em sua pousada – a Luar do Rosário -, tão linda quanto
simples, tão bucólica quanto alegre. A hora do delicioso café
transformou-se cada manhã em prosa gostosa, tranquila, alegre. E as
histórias de vida das duas sócias serviram de alento, inspiração,
aprendizado para nós.
E chegamos à nossa
última parada, onde uma garotinha de 12 anos – a Laura - nos
encantou com seu modo vivo, genuíno, colorido de nos guiar pela Casa
de Guimarães Rosa, em Cordisburgo, não só dando as informações
precisas sobre cada aposento da casa, como também nos contando um
pequeno texto do escritor com tal desenvoltura e brilho que
enxergamos a cena descrita com toda a emoção e detalhe que o autor
desejou dar.
Voltamos. Estávamos
cansados de tanta estrada, tanta paisagem, tantas novidades. Mas
sentíamos que ganháramos muito ao conhecer tais pessoas.
De volta, uma amiga do
Facebook propõe a seguinte reflexão: “Os frutos são mais
importantes que as folhas ou flores”. E acrescentou que a razão de
ser de uma árvore é frutificar. Ousei discordar: disse que a razão
de ser de uma árvore é ser uma árvore.
É lógico que
falávamos por símbolos.
E quando me referi a
“ser árvore” eu pensava na Fani (e não na padaria), no padre (e
não na igreja), no Pablo (e não nos seus préstimos de guia), na
Aline (e não no seu bar), na Margot e na Gaia (e não na Luar do
Rosário), na Laura (e não nos seus conhecimentos sobre o grande G.
R.). Seu valor não está naquilo que fazem (e o fazem muito bem),
mas naquilo que são (pessoas extraordinárias), e que por serem
assim tornaram nossa vida mais rica e nossa viagem, mais feliz.
Obrigado, amigos!!!
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Small is Beautiful? - Observações de um turista distraído
Curaçao e Aruba são duas pequenas ilhas no sul do Caribe que se tornaram países independentes da Holanda há menos de meio século e continuam fazendo parte da "comunidade holandesa".
Com 160 mil e 130 mil habitantes respectivamente, são menores do que muitos bairros de Sampa.
O que me lembra a piada sobre o homem que vai a Mônaco e no café da manhã do hotel, o garçom pergunta o que ele pretende fazer enquanto estiver no país.
"Ah! Eu pretendo conhecer o país inteiro!" - responde o viajante.
"Muito bem, senhor!" - diz o garçom, educadamente. E acrescenta: "E após o almoço?"
A impressão que tive foi de que um pequeno país pode ter muitas desvantagens, mas, aparentemente, tem pequenos problemas, também.
E isso, comparado aos problemas colossais que enfrentamos no Brasil, me pareceu uma grande vantagem!
Com 160 mil e 130 mil habitantes respectivamente, são menores do que muitos bairros de Sampa.
O que me lembra a piada sobre o homem que vai a Mônaco e no café da manhã do hotel, o garçom pergunta o que ele pretende fazer enquanto estiver no país.
"Ah! Eu pretendo conhecer o país inteiro!" - responde o viajante.
"Muito bem, senhor!" - diz o garçom, educadamente. E acrescenta: "E após o almoço?"
A impressão que tive foi de que um pequeno país pode ter muitas desvantagens, mas, aparentemente, tem pequenos problemas, também.
E isso, comparado aos problemas colossais que enfrentamos no Brasil, me pareceu uma grande vantagem!
terça-feira, 28 de maio de 2013
Observações de um Turista Distraído - 6
Lá do alto da torre de TV, vislumbra-se a cidade em 360 graus. Um espetáculo. O que mais impressiona, no entanto, não é a grandiosidade da cidade de mais de 2 milhões de habitantes, nem a quantidade enorme de edifícios, ou as avenidas a cortar a cidade.
Impressiona-me o verde esparramado pela cidade, a quantidade de parques, áreas verdes e arborização das ruas, nos 4 quadrantes de Curitiba.
Deus dê sabedoria e coragem aos curitibanos para preservarem e ampliarem esse verde que para eles é tão comum e inocente.
Para mim, um milagre delicioso.
Impressiona-me o verde esparramado pela cidade, a quantidade de parques, áreas verdes e arborização das ruas, nos 4 quadrantes de Curitiba.
Deus dê sabedoria e coragem aos curitibanos para preservarem e ampliarem esse verde que para eles é tão comum e inocente.
Para mim, um milagre delicioso.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Na Lua ou em Marte... sem traje espacial???
Não!
Não se trata de uma linda e formosa astronauta!
É apenas minha doce Elaine, fotografada a admirar o Valle de la Luna, no Deserto de Atacama no Chile.
É um dos desertos mais secos do mundo! Dá pra perceber, né?
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
O Fim do Mundo não é um Dia
Sim!
Descobri que o fim do mundo existe, mas não é uma data, um dia, uma hora.
O fim do mundo é um lugar...
Descobri que o fim do mundo existe, mas não é uma data, um dia, uma hora.
O fim do mundo é um lugar...
Deserto de Atacama - Chile. É ou não é o fim do mundo???
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
"Wonderful World" - Observações de um Turista Distraído
No banheiro público masculino, no meio da praça, a limpeza é impecável. Piso e paredes de granito polido, secador de mão a ar quente, sabonete líquido, iluminação clara o tornam uma raridade digna de admiração. E é gratuito.
Um policial militar enxuga as mãos e enquanto lavo as minhas, comento com ele:
- É um alívio estar aqui do que em meio à violência de Santa Catarina e São Paulo, não?
Ele concorda e me diz:
- Minha sede é a 300 km daqui. Eu vim no dia 4 de novembro para reforçar o policiamento neste período de festas natalinas, e fico até dia 4 de janeiro. Considero como se fossem férias. O maior trabalho que tenho é, de vez em quando, dar uma informação a algum turista...
E saio pensando porque o país todo não é assim, limpo e pacífico. Afinal, eu não estava na Europa, nem nos Estados Unidos.
O lugar chama-se Gramado e fica no Rio Grande do Sul.
Um policial militar enxuga as mãos e enquanto lavo as minhas, comento com ele:
- É um alívio estar aqui do que em meio à violência de Santa Catarina e São Paulo, não?
Ele concorda e me diz:
- Minha sede é a 300 km daqui. Eu vim no dia 4 de novembro para reforçar o policiamento neste período de festas natalinas, e fico até dia 4 de janeiro. Considero como se fossem férias. O maior trabalho que tenho é, de vez em quando, dar uma informação a algum turista...
E saio pensando porque o país todo não é assim, limpo e pacífico. Afinal, eu não estava na Europa, nem nos Estados Unidos.
O lugar chama-se Gramado e fica no Rio Grande do Sul.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Ginjinha - Observações de um Turista Distraído 4 (em Portugal)
A beber uma deliciosa ginjinha
Óbidos é uma cidadezinha medieval cercada por muralhas que guardam a história do início de Portugal - foi tomada dos mouros em 1145! - e além das bem preservadas muralhas, e castelo, e ruas, e casas, e igrejas, tem uma atração turística deliciosa: a Ginjinha.
Elaine e eu caminhávamos pelas ruas estreitas, na noite fria de nossa chegada à cidade, quando nos deparamos com um barzinho de aspecto sui generis com um letreiro chamando a atenção do turista para o fato de ser o local onde primeiro se vendeu a famosa Ginjinha de Óbidos. Curiosos, entramos no estabelecimento e pedimos um cálice da bebida... um delicioso licor, que pode ser servido em copinho de chocolate - come-se à medida que se bebe.
Enquanto degustávamos a bebida, observávamos atentamente para a "decoração" do local: cheia de velharias, garrafas, fotos etc. Ao notar nosso interesse, e sabendo que éramos brasileiros, o proprietário fez questão de nos mostrar um pequeno quadro na parede com uma carta manuscrita e assinada por... Juscelino Kubitschek, nosso ex-presidente!!! O dono do bar contou que o proprietário anterior recebia a visita de Juscelino sempre que este ia a Portugal, o que era frequente, porque gostava muito de beber uma ginjinha nesse bar enquanto batia um bom papo com os moradores locais.
Apesar de pequeninha, Óbidos tem duas atrações que compensam em muito uma visita: a cidade em si, tão medieval e tão preservada; e a ginjinha, bebida simples e deliciosa!
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Observações de um Turista Distraído - 3 (Península Ibérica)
Três fatos me chamaram a atenção em Portugal e na Espanha no que se refere aos automóveis:
1- Apesar da renda "per capita" muito superior à nossa, vi poucos carros super-luxo (Rolls, Ferrari, Lamborghini, etc) pelas ruas, sejam de Lisboa, Madri ou Barcelona.
Vi, sim, muitos carros bons, que chamamos de luxo aqui, por serem tão caros, mas que lá o preço não é tão absurdo assim: Mercedes, Audis, Volvos, Jaguars, Camaros, Mustangs, Porshes. Mas estes custam 5 a 10 vezes menos do que os super-luxo, que me ofendem quando passam pelas ruas brasileiras (como aconteceu ontem, em pleno Campolim - Sorocaba, um ricaço insensível passeava com uma Ferrari conversível amarela. Com o que ele pagou pelo carro, podia estar em um belo Mercedes SLK conversível e ainda custear a alimentação de 10 famílias pobres por um ano, no mínimo!!!). E lá, a presença desses luxuosos não ofende tanto, pois a distribuição de renda é bem melhor que no Brasil.
2- Notei a ausência dos carros coreanos, nas ruas ibéricas. Japoneses, vi muitos. Eram Toyota, Honda e Mitsubishi e Suzuki. Mas KIA e Hyundai eram raríssimos. E não é por falta de revendedores, não. Havia-os em todas as grandes cidades. Acho que os ibéricos não vão com a "cara" dos coreanos, não. Só não sei porquê. Será que eles lá são mais exigentes do que nós quanto à qualidade dos automóveis? Ou serão mais caros do que os concorrentes? Estranho...
3- No mais, lamentei a pouca quantidade de carros elétricos e/ou híbridos rodando pela península. Os poucos que vi eram alguns táxis Prius. Pensei que fosse ver muitos mais.
1- Apesar da renda "per capita" muito superior à nossa, vi poucos carros super-luxo (Rolls, Ferrari, Lamborghini, etc) pelas ruas, sejam de Lisboa, Madri ou Barcelona.
Vi, sim, muitos carros bons, que chamamos de luxo aqui, por serem tão caros, mas que lá o preço não é tão absurdo assim: Mercedes, Audis, Volvos, Jaguars, Camaros, Mustangs, Porshes. Mas estes custam 5 a 10 vezes menos do que os super-luxo, que me ofendem quando passam pelas ruas brasileiras (como aconteceu ontem, em pleno Campolim - Sorocaba, um ricaço insensível passeava com uma Ferrari conversível amarela. Com o que ele pagou pelo carro, podia estar em um belo Mercedes SLK conversível e ainda custear a alimentação de 10 famílias pobres por um ano, no mínimo!!!). E lá, a presença desses luxuosos não ofende tanto, pois a distribuição de renda é bem melhor que no Brasil.
2- Notei a ausência dos carros coreanos, nas ruas ibéricas. Japoneses, vi muitos. Eram Toyota, Honda e Mitsubishi e Suzuki. Mas KIA e Hyundai eram raríssimos. E não é por falta de revendedores, não. Havia-os em todas as grandes cidades. Acho que os ibéricos não vão com a "cara" dos coreanos, não. Só não sei porquê. Será que eles lá são mais exigentes do que nós quanto à qualidade dos automóveis? Ou serão mais caros do que os concorrentes? Estranho...
3- No mais, lamentei a pouca quantidade de carros elétricos e/ou híbridos rodando pela península. Os poucos que vi eram alguns táxis Prius. Pensei que fosse ver muitos mais.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
É ou não é? - Observações de um Turista distraído 2 (na Espanha)
Barcelona não é Espanha.
Não foi isso que me ensinaram nas aulas de geografia do ginásio. Não é assim que mostram os mapas da Europa. Mesmo lá em Barcelona, eles admitem - a contragosto - que são espanhóis.
Mas Barcelona não é Espanha.
Lá fala-se catalão. Você pode pensar que é apenas um dialeto, tal como o falar nordestino, ou gaúcho aqui no Brasil. Engana-se. É uma língua muito estranha, meio francês, meio italiano, meio português... até meio espanhol. Então, não é nenhuma delas.
Você desce do metrô e a placa não diz "Salida", ou "Saída", nem "Sortie", ou "Uscita". Mas você entende, porque diz: "Sortida".
E olha que eu nem comecei a falar da arquitetura de Gaudi...
Não foi isso que me ensinaram nas aulas de geografia do ginásio. Não é assim que mostram os mapas da Europa. Mesmo lá em Barcelona, eles admitem - a contragosto - que são espanhóis.
Mas Barcelona não é Espanha.
Lá fala-se catalão. Você pode pensar que é apenas um dialeto, tal como o falar nordestino, ou gaúcho aqui no Brasil. Engana-se. É uma língua muito estranha, meio francês, meio italiano, meio português... até meio espanhol. Então, não é nenhuma delas.
Você desce do metrô e a placa não diz "Salida", ou "Saída", nem "Sortie", ou "Uscita". Mas você entende, porque diz: "Sortida".
E olha que eu nem comecei a falar da arquitetura de Gaudi...
terça-feira, 5 de junho de 2012
Observações de um turista distraído (em Portugal) - 1
A maior diferença entre Portugal e outros países que já visitei foi o imenso número de coisas que nos remetem ao Brasil: personagens da história, da literatura, nomes, costumes, linguagem, enfim muita coisa, por mais diferente que fosse, apontava para uma ligação com os brasileiros.
Por exemplo, em Coimbra fomos jantar - chovia a cântaros - mais para nos abrigar da chuva do que por fome, e nos recomendaram "feijoada". Feijoada??? Por que iríamos nós comer lá um prato tipicamente brasileiro? "Porque esta é a feijoada portuguesa". Rendemo-nos ao argumento e provamos o prato. Muito bom, mas diferente da nossa, em sabor e ingredientes.
Por exemplo, em Coimbra fomos jantar - chovia a cântaros - mais para nos abrigar da chuva do que por fome, e nos recomendaram "feijoada". Feijoada??? Por que iríamos nós comer lá um prato tipicamente brasileiro? "Porque esta é a feijoada portuguesa". Rendemo-nos ao argumento e provamos o prato. Muito bom, mas diferente da nossa, em sabor e ingredientes.
domingo, 20 de novembro de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Felicidade
A cidade é pequena, meio perdida nas imensidões de areia. Para chegar, trilhas arenosas só permitem veículos 4X4, ou montaria de animais. Os moradores vivem em casa pequenas, que se empobrecem do centro para a periferia. De repente, a mensagem. Para quem seria? Para os próprios moradores da casinha? Para os passantes? É apenas uma frase, formal e seca, quase sem sentido? Ou demonstra que a felicidade não depende das posses de quem a busca, mas do desejo de quem a exprime?
Não sei dizer, mas a cena me emocionou a ponto de voltar, depois de ter caminhado para além dela centenas de metros, para registrá-la e compartilhá-la com vocês.
Veja o detalhe:
Se alguém que mora em um casebre como este pode nos desejar felicidade, o que nos impede de ser?
Não sei dizer, mas a cena me emocionou a ponto de voltar, depois de ter caminhado para além dela centenas de metros, para registrá-la e compartilhá-la com vocês.
Veja o detalhe:
Se alguém que mora em um casebre como este pode nos desejar felicidade, o que nos impede de ser?
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Lençóis...
1- Areias brancas, águas claras, verde e azuis... a perder de vista!
2- O Rio Preguiças leva a outras paragens...
3- O nascer do sol no estuário do rio Parnaíba é estonteante!
4- O casal transparece paz e felicidade, não? E é verdade!!!
Depois eu conto mais sobre a viagem, os lugares e as pessoas nos lençóis maranhenses. Inté!
2- O Rio Preguiças leva a outras paragens...
3- O nascer do sol no estuário do rio Parnaíba é estonteante!
4- O casal transparece paz e felicidade, não? E é verdade!!!
Depois eu conto mais sobre a viagem, os lugares e as pessoas nos lençóis maranhenses. Inté!
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Novas paisagens
"Eu posso estar completamente enganado", diriam os Engenheiros do Havaí, mas conhecer o mundo que Deus criou é uma das tarefas fascinantes do homem.
Procuro, sempre que possível, ir a lugares que eu ainda não conheço, ver novas paisagens, outras pessoas, diferentes culturas.
Nas próximas 3 semanas estarei em viagem pelo Maranhão. Acompanha-me a Elaine, minha filha e o genro. Na volta, conto e mostro um pouco do que terei encontrado por lá.
Até a volta, então!!!
Procuro, sempre que possível, ir a lugares que eu ainda não conheço, ver novas paisagens, outras pessoas, diferentes culturas.
Nas próximas 3 semanas estarei em viagem pelo Maranhão. Acompanha-me a Elaine, minha filha e o genro. Na volta, conto e mostro um pouco do que terei encontrado por lá.
Até a volta, então!!!
sexta-feira, 3 de junho de 2011
A beleza tá pertinho (Observações de um turista distraído...)
Brotas é uma pequena e pacata cidade no interior do estado de São Paulo. Cercada pela punjança industrial e agrícola da região, ela poderia muito bem ter se rendido ao canto da sereia do "desenvolvimento"... mas, não. Optou pelo caminho da preservação ambiental e convite aos turistas para se aventurarem por seus rios e matas. E deu certo! As cachoeiras, como a da foto, revelam em águas límpidas, atrativos suficientes para cativar quem por lá chega. Eu cheguei, com a Elaine, a convite da Dani e do Leandro - filha e genro. Foi só um fim de semana, mas foi delicioso!!!
Esta é apenas uma, e bem pertinho do centro da cidadezinha...
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Um dia especial
Este post é dedicado ao Volney, ao Lou, ao Rondinelly, ao Roger, ao Tuco Egg, ao Felipe Fanuel, ao Allysson Amorim:
Sim! Estivemos juntos - Paulo Brabo e eu - e por 6 horas falamos muito - e mal, logicamente - de todos vocês!!!
Rondinelly, lembra-se da frustrada vista do mar, lá do alto da Graciosa? Olha ela aí:
Depois de tantos anos sem nos encontrar pessoalmente, mas nos encontrando "with heart & soul" quase que diariamente no cyberspace, finalmente sentamo-nos frente a frente e tivémos um papo longo, divertido, profundo, rico e inspirador.
Um conselho a quem pretenda visitar Curitiba, seja a trabalho, seja por lazer: Visite o monastério de Paulo Brabo: é uma experiência edificante!
Sim! Estivemos juntos - Paulo Brabo e eu - e por 6 horas falamos muito - e mal, logicamente - de todos vocês!!!
Rondinelly, lembra-se da frustrada vista do mar, lá do alto da Graciosa? Olha ela aí:
Depois de tantos anos sem nos encontrar pessoalmente, mas nos encontrando "with heart & soul" quase que diariamente no cyberspace, finalmente sentamo-nos frente a frente e tivémos um papo longo, divertido, profundo, rico e inspirador.
Um conselho a quem pretenda visitar Curitiba, seja a trabalho, seja por lazer: Visite o monastério de Paulo Brabo: é uma experiência edificante!
terça-feira, 19 de abril de 2011
Ainda a Bahia... Ah!... a Bahia!
Fica difícil destacar o que mais me encantou nessa viagem ao Sul da Bahia... foram tantas paisagens; praias; vilas aconchegantes; falésias; coqueiros, muitos coqueiros; riachos de águas escuras, porém limpíssimas; e mar verde esmeralda com pequenas piscinas de coral cheias de peixes coloridos na maré baixa.
Melhor é colocar uma foto de cada, né não?
Aí vai:
A rústica rua do comercio em Caraíva...
...fica bem ao lado do rio de mesmo nome.
As praias de Trancoso tem lindas falésias...
...mas o que me encantou mesmo foi o Quadrado.
Na maré baixa, aparecem as "piscinas" com peixinhos.
A vista do alto da falésia em Arraial d'Ajuda.
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