quarta-feira, 30 de abril de 2008

Frases...

Quando estudei "o pós-modernismo", há muitos anos, o professor falou de uma linha de pensamento que afirmava que a "palavra" é que dava existência às coisas do ser humano. Isto é, algo só passa a existir para o homem, quando este o nomeia.
Não sei se é assim, mas algumas frases tem realmente a força criativa de tornar real algo que a gente desconhecia - e, portanto, não existiam antes para nós - mas se tornam patentes quando ouvimos a frase; como se fosse "abracadabra". Não é assim?

Ivan Lins tem uma canção bonita, chamada "Basta ouvir seu coração" onde ele afirma:
"Ninguém está sozinho, se não existe adeus".
Será que a lembrança dos amigos, amores e familiares é suficiente para extinguir a "solidão da escuridão", como ele mesmo diz?

terça-feira, 29 de abril de 2008

112- POR POUCO (O Tempo Passa...)

Abril de 2.008.
Entro em uma travessa de uma avenida bem movimentada em Sorocaba para estacionar meu carro. Vejo um carro já estacionado, com as luzes de alerta piscando e o capô do motor entreaberto. Um rapaz está ao volante e me parece chateado, preocupado. Penso: “o coitado está com o carro com algum defeito”. Para reforçar a idéia, há um caminhão parado perto que parece com esses caminhões de socorro mecânico. Enquanto manobro meu carro, o rapaz sai do carro, sobe numa pequena bicicleta do tipo “cross”, que estava na calçada - fora da minha visão – e sai pedalando lentamente. Pelo retrovisor, vejo que as luzes do carro se apagaram e o capô foi fechado. Na calçada, no rumo oposto ao do rapaz, há algumas moças sentadas no chão, uniforme de operárias, tomando um lanche e comentam: “...mas aquele não é o carro do fulano? Então o cara tava roubando ele!” E olham para o ciclista, que se afasta pedalando, com algo escuro na mão...
Preocupado, pergunto para elas o que está acontecendo, e elas confirmam o que eu temia: testemunhei um furto e nem percebi!
Voltei rápido para meu carro e saí atrás do marginal... mas, qual o quê! Não achei sombra do ladrão, que um minuto antes podia-se enxergar. Voltei, decepcionado com a minha ingenuidade e encontrei o legítimo dono do carro, consternado por ter seu equipamento de som furtado.
A mim só coube ser-lhe solidário, e explicar que o meliante havia se evaporado...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

111- MOTOQUEIRO - 2 (O Tempo Passa...)

(Um assassino à solta)

Era fim do dia. O trânsito em S. Paulo mal se mexia. Eu, com a minha Yamaha 50cc, voltava da faculdade por uma avenida muito, muito movimentada.
O sinal (semáforo) fechou e eu fui, devagarinho, por entre os carros até a frente. Assim que o sinal abriu, acelerei a motoca, mas o motor falhou. Ouvi buzinas atrás de mim, e enquanto tentava fazer o motor pegar, acenei frenéticamente para o carro de trás passar.
Consegui fazer a moto andar e o carro detrás arrancou “cantando” pneu, passou pela minha esquerda, quase raspando no carro ao lado, e quando ficou bem ao meu lado, deu uma forte guinada para cima de mim. Recebi um tranco no pedal e guidão; desequilibrado, tentei manter-me ereto e na rota, mas não foi possível, e fui ao chão, rolando pelo asfalto em pleno cruzamento de avenida, hora do “rush”, em S. Paulo...
Depois ainda me perguntam como é que eu acredito em Deus...
Não me machuquei muito e a moto, apesar de ralada e amassada pode voltar a andar. Pessoas de todos os lados vieram ao meu socorro, tiraram-me da rua, puseram a moto na calçada. Teve até um que saiu com seu carro atrás do assassino para conseguir pelo menos anotar a placa, sem sucesso.
Depois dessa, machucado e ofendido, vendi minha primeira moto: medida de sobrevivência.
O assassino continua à solta...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Frases...

"Real happiness is shared" - felicidade real é a que se partilha.
De: personagem "Alexander Supertramp" no filme "Into the Wild" de Sean Penn. Filme impressionante.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A salvo...

"...único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e pertubações do amor é o inferno."
C. S. Lewis em Os quatro amores, citado ontem pela Alice.

"Chutando a escada"

Não entendo economês. E sofro as consequências da situação da economia mundial como todo mundo. Você também. Mesmo que entenda.
Por isso, recomendo a leitura do texto do Alysson, postado ontem.
Não posso atestar sua veracidade. Mas desconfio que o tal do Chang acertou em cheio.
Confira e conclua por si. E, obrigado, Alysson por um texto tão claro.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

110- OS BICHOS E EU (O Tempo Passa...)

Minha vida tem sido pontilhada pela presença, amiga e saudosa, de muitos bichos. É uma das coisas boas que meus pais fizeram comigo: deram-me a chance de conviver com os animais.
O primeiro bichinho que me lembro foi o sagüi que meu pai trouxe da Bahia (vide história 6 - “Mascote”).
Mas houve muitos outros.
O Nêgo, um cão mestiço pequinês, foi personagens de muitas aventuras divertidas (vide história 3 - “Maroto” e foto abaixo) da minha infância.
Os bichos em casa também deram trabalho, basta ver o gatinho que atropelamos na história 41 - “Gato atropelado”.
Aliás, dos gatos, muitos, um que marcou nossas vidas foi Mike (vide história 76 - “Mike” e foto abaixo); gatão boa pinta, com jeito “quietão”, mas ótima companhia.
Tem um cãozinho famoso na minha vida, do qual não tenho a menor lembrança, mas existe uma foto dele me mordendo a bunda (vide abaixo), para provar sua existência.
Houve também preás, hamsters, rato branco (que merece um capítulo), coelhinhos (vide história 3 – “Maroto”) e coelhão (em história futura), periquitos (vide história 74 - “Periquitos”), tartaruga “ninja” (personagem de uma história em breve), pintinhos que viraram galos, aquários cheios de peixinhos coloridos. Além de dos já citados, outros seis cães Banzé, Pantera, Ira, e três cujos nomes me esqueço agora – e dos outros gatos Perfex, Max (foto abaixo), Kate.

Todos eles encheram minha vida de alegrias, tristezas, histórias simples, singelas e inesquecíveis, que colaboraram, decisivamente, para minha vida ser rica em fatos memoráveis, doces lembranças. No momento privo da companhia de Magnum, o pastor alemão, e Skinner, o sheepdog (fotos acima). Já estão idosos, não sei quanto tempo os terei ainda.
Logo farão companhia ao Aquiles, meu boxer maravilhoso, recém falecido com a avançada idade de 11 anos e meio (foto também acima).
Dentro de casa – porque Magnum e Skinner só ficam no quintal - tenho a recém companhia da Bheatriz, uma jovem e alegre Shitzu trazida pela sobrinha que veio de S. Paulo estudar em Sorocaba.
Sei que dão trabalho. Mas, sempre que posso, aconselho pais a darem a seus filhos a chance de conviverem com animais domésticos. Nem que seja um só, bem simplezinho.
Minha história é pontilhada pela presença de bichos. E fico feliz por isso.

terça-feira, 8 de abril de 2008

109- MOTOQUEIRO - 1 (O Tempo Passa...)

Calouro na faculdade. Toda manhã pegava um onibus a 4 quarteirões de casa (ladeira acima), viajava 1 hora por São Paulo pra chegar no campus da USP.
As aulas começavam às 8 horas. Eu precisava acordar às 6:15 pra chegar na hora certa. Por dar aulas à noite, além de outros afazeres (namorar, inclusive!), acabava dormindo tarde e não conseguia levantar na hora. Conclusão: chegava sempre atrasado, uns 15 minutos.
Com esforço e ajuda dos meus pais, para dar a entrada, comprei uma moto Yamaha 50cc. Paguei em prestações, com o salário das aulas de inglês.
Era uma beleza! Apesar de minúsculo, o motorzinho permitia andar a uma velocidade compatível com o lento trânsito da cidade. E quando este parava, lá ia eu por entre as filas de carros parados. Poupava um tempo danado: da minha casa até a faculdade em menos de 30 minutos! E a um custo quase igual ao do ônibus! Com isso pude dormir um pouco mais, sair um pouco mais tarde de casa e... continuei chegando às 8:15 na escola!!! Não teve jeito, passei de pedestre a motoqueiro, mas não fiquei nem um pouco mais responsável...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O que há?

O que há entre o alto e o baixo
entre a queda e o salto
entre o tombo e o asfalto ?
O que há entre o bem e o mal
entre o doce e o sal
entre o quem e o qual ?
O que há entre o ler e o escrever
entre o fazer e o comer
entre o ter e o ser ?
O que há entre o amor e o ódio
entre o ânimo e o tédio
entre a cantada e o assédio ?
O que há entre um e o outro
entre eles e elas
entre eu e você ?
O que há ?
O que há ?

(roubado descaradamente da Alice)

Os Vesgos


Não, não se trata de "garage band", nem gangue de pichadores.

Somos apenas nós, os primos, oito no total: Renato, Roberto, Ruy e Raymundo - filhos do tio Renato. Romeu-Sérgio e Rute Cristina - filhos do tio Romeu. Eu e minha irmã, Priscila Márcia.

A fotógrafa, provavelmente, foi tia "Jô" - nossa "patrocinadora" - que deve ter pedido para ficarmos vesgos porque não conseguia nos fazer ficar quietos.

Dá pra perceber que nem todos conseguiram...

Foto do início dos anos 60, descoberta pelo Romeu-Sérgio, em uma de suas incursões arquelógicas...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

"A amizade continua a mesma"...

Mas que dá vontade de matar o Brabo, pela mentirinha de ontem, isso dá.
Afinal, não se brinca com coisa séria...
Será?...

terça-feira, 1 de abril de 2008

108- VESTUÁRIO, ACESSÓRIOS E FUTILIDADES (O Tempo Passa...)

É notório. Não sou um cara muito ligado em grifes, moda e elegância. Não sou nenhum desleixado também. Procuro me vestir bem quando a situação exige – vejam minha elegância discreta no casamento da Dani – mas não faço questão de “estar na moda” ou “vestir grife”. Prefiro sandálias havaianas, bermudas, camiseta básica e um boné leve – pra proteger a careca.

Mas, como todo mundo, creio, também tenho minhas roupas especiais, que ficaram na lembrança e que gostaria de vestí-las novamente, caso o tempo voltasse atrás.


Por exemplo, na adolescência tive uma camisa de mangas longas com listrado fino branco e cor-de-rosa, de tecido “anarruga” que era um desbunde. Tive também um sapato mocassim “Samello”, presente da tia Jô, que era bonito e confortável. A primeira calça “Lee” – naquele tempo, mais famosa que a Levi's – também me marcou. Uma glória foi quando, já adulto, pude comprar uma jaqueta de couro preta – ela ainda existe e só serve na Dani – sonho de todo quase motoqueiro. Aliás, minhas motos – foram 3 – dão outra história.


Outro acessório que me lembro com carinho foi um cinto largo de couro natural, talhado em baixo relêvo à mão, desses que o pessoal do rodeio de Barretos gostaria de usar. O couro acabou se desmanchando com o tempo.

E houve também meus óculos de lente espelhada, que eram um arraso! Só tive coragem de usá-lo quando estava nos States...



Vou parar por aqui. Senão, daqui a pouco estarei falando de meias, gravatas, cuecas e outros apetrechos. Vou parecer um “engomadinho”, como diziam meus avós...

Estupefato

É.
Speechless, se vc quiser em inglês. Inexprimível.
Quem visitou a Bacia hj, deu com a inacreditável notícia que ela furou...
O sentimento de perda é inexplicável.
Sinto-me inconsolável.
Órfão.
Só.