terça-feira, 29 de abril de 2008

112- POR POUCO (O Tempo Passa...)

Abril de 2.008.
Entro em uma travessa de uma avenida bem movimentada em Sorocaba para estacionar meu carro. Vejo um carro já estacionado, com as luzes de alerta piscando e o capô do motor entreaberto. Um rapaz está ao volante e me parece chateado, preocupado. Penso: “o coitado está com o carro com algum defeito”. Para reforçar a idéia, há um caminhão parado perto que parece com esses caminhões de socorro mecânico. Enquanto manobro meu carro, o rapaz sai do carro, sobe numa pequena bicicleta do tipo “cross”, que estava na calçada - fora da minha visão – e sai pedalando lentamente. Pelo retrovisor, vejo que as luzes do carro se apagaram e o capô foi fechado. Na calçada, no rumo oposto ao do rapaz, há algumas moças sentadas no chão, uniforme de operárias, tomando um lanche e comentam: “...mas aquele não é o carro do fulano? Então o cara tava roubando ele!” E olham para o ciclista, que se afasta pedalando, com algo escuro na mão...
Preocupado, pergunto para elas o que está acontecendo, e elas confirmam o que eu temia: testemunhei um furto e nem percebi!
Voltei rápido para meu carro e saí atrás do marginal... mas, qual o quê! Não achei sombra do ladrão, que um minuto antes podia-se enxergar. Voltei, decepcionado com a minha ingenuidade e encontrei o legítimo dono do carro, consternado por ter seu equipamento de som furtado.
A mim só coube ser-lhe solidário, e explicar que o meliante havia se evaporado...

3 comentários:

alealb disse...

imagino sua sensação... bem ruim mesmo...
beijinhos,
alê

Alex Liki disse...

No Brasil, do jeito que as coisas são, não adiantaria nem se vc o tivesse alcançado.....infelizmente

Anônimo disse...

Eu, hein? Mais vale a sua vida do que um aprelho de som "fabricado em série"... Bjs, Carmen (voltei!)