quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Zelota?!

Termino - ainda falta ler a seção final de "notas" - o interessante livro "Zelota - A vida e a época de Jesus de Nazaré", de Reza Aslan, publicado pela Zahar.
Quando digo "interessante", alguém pode concluir que não gostei (é o termo usado pela minha esposa quando avalia algo como "médio"). Não é o caso. Gostei, gostei muito, mas...
Sempre tem um "mas", não é? Neste caso, o "mas" não é uma crítica ao autor, mas ao leitor. Sinto-me incapaz de avaliar as afirmações do autor, pois pressupõe um conhecimento de História Antiga - mais precisamente, da história antiga da Palestina - e do Novo Testamento - do qual fui/sou um leitor relapso - que não possuo.
Então, a título de reflexão, tanto para quem leu como para quem ainda não leu - e eu recomendo - transcrevo o parágrafo final do livro (o ponto de interrogação ao final do parágrafo é meu):
"Dois mil anos depois, o Cristo da criação de Paulo totalmente subjugou o Jesus da história. A memória do zelota revolucionário que atravessou a Galileia reunindo um exército de discípulos com o objetivo de estabelecer o Reino de Deus na terra, o pregador magnético que provocou a autoridade do sacerdócio do Templo em Jerusalém, o nacionalista judeu radical que desafiou a ocupação romana e perdeu, ficou quase completamente perdida para a história. Isso é uma pena. Porque a única coisa que qualquer estudo abrangente sobre o Jesus histórico deveria ter esperança de revelar é que Jesus de Nazaré, Jesus, o homem, é tão atraente, carismático e louvável como Jesus, o Cristo. Ele é, em suma, alguém em que vale a pena acreditar"?

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