quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Cristão? Ateu? Não.

"I do not identify as a “Christian” nor an “Atheist”, and even if you convincingly put these together as some do in “Christian Atheism”, I don’t plan on buying the t-shirt. There are some aspects of what could be identified as “Christian” that I value, and others I don’t. Likewise, there are some aspects of what would be considered “Atheist” that I accept, and others I reject."

"Não me identifico como "cristão", nem como "ateu", e mesmo que você coloque-os juntos, como alguns fazem em "Ateísmo cristão", não pretendo comprar uma camiseta com esses dizeres. Há aspectos, do que pode ser identificado como "cristão", que eu dou valor;  da mesma forma, há aspectos do que pode ser considerado ateísmo, que eu aceito, e há outros que rejeito."

Jim Palmer, no texto "Psychology of Religion", dez 2024.

De uns tempos pra cá, tenho pensado/sentido da mesma forma que Palmer: um pouco cristão, um pouco ateu, muito agnóstico. A vida me parece constituir-se mais do a matéria, simplesmente, mas não vejo a espiritualidade como algo religioso, em si, nem sobrenatural, mas parte da Vida. E cada vez mais o Amor (eros, filos, ágape) me parece a força, o valor, o significado essencial do humano.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Pra quê estamos aqui?

 Há pessoas que gastam tempo, energia e até saúde à procura da resposta a essa pergunta, não é?

Alguns pensam que há uma resposta única para essa questão, resposta que serve pra todo mundo, em todo lugar e em todos os tempos. Geralmente, respostas desse tipo vem atreladas a preceitos e dogmas religiosos.

Outros propõem a inexistência de qualquer finalidade na vida. Negam qualquer transcedência na vida humana, e em qualquer outra.

Há uma terceira posição, nem pra lá, nem pra cá, que me atrai muito:

A vida tem o propósito, o significado que o indivíduo der. Pode ser ter uma família feliz, pode ser ter conhecimento sobre algo, pode ser conhecer o mundo, pode ser realizar algum feito notável... pode ser qualquer coisa. Alguns são difíceis, outros, bobos. Mas todos podem desempenhar o papel de finalidade existencial.

James Taylor, em sua canção "Secret of Life" faz uma proposta interessante: ele diz "The secret of life is enjoying the passage of time". Traduzindo, "O segredo da vida é apreciar a passagem do tempo"... E por que não?

Cada minuto, cada acontecimento na vida diária, pode ser apreciado em sua singularidade, complexidade, sua "espantosidade". Não é fácil, não é imediato, mas é um processo que pode ser aprendido, treinado e percebido. E a vida vai se tornando uma aventura espantosa, cheia de sabores, acontecimentos únicos, um evento rico e maravilhoso...

Não acha?