Por um motivo qualquer, precisei atravessar a cidade à noite. Era umas sete horas, e o movimento ainda era intenso – para uma cidade do interior – de pessoas voltando para casa. Eu estava com pressa pois pretendia cumprir o meu compromisso e ainda participar de uma reunião de confraternização de colegas do trabalho.
Dirigia com cuidado por uma rua movimentada nos dois sentidos e não muito bem iluminada. A existência de padaria, posto de combustíveis, farmácia e supermercado nesta rua aumentava o movimento ao qual eu não estava acostumado. Dirigia com cuidado, prestando atenção nos veículos. Notei que um pedestre vinha pela calçada, bem junto ao meio-fio, e... buumm!!!
Ele simplesmente atirou-se contra meu carro! Seu corpo bateu violentamente contra o capô do motor e depois contra o vidro dianteiro. Brequei forte e desviei para a esquerda, mas não muito, para não abalroar algum carro que viesse em sentido contrário. Desci rápido para ver o corpo estendido à frente do meu carro... o coração disparado pela preocupação de ver alguém ferido e morto por mim, ali no chão. Morto não estava, pois gemia e tentava se levantar. Falei pra ele não se mexer, olhei em volta para ver se corria risco de ser novamente atropelado, percebi que o trânsito parara, algumas pessoas corriam para acudir e então voltei para o carro, peguei o telefone celular e liguei para o Resgate.
As pessoas já haviam ajudado o rapaz a sentar-se à beira da calçada. Ele tinha as mãos na cabeça como que lamentasse o ocorrido. Reforcei o conselho para que não se mexesse, que o resgate estava a caminho, que seria melhor se deitar. Algumas pessoas lhe fizeram companhia. Tirei o carro do meio da rua: capô amassado, vidro quebrado, mas funcionando sem problemas.
O resgate chegou em dez minutos. Cuidou do rapaz, que não parecia muito ferido. Vieram me perguntar o que havia acontecido. Contei como ele havia “pulado” pra cima do carro. Outros também contaram a mesma coisa. A polícia chegou. O bombeiro que cuidava do rapaz falou para os policiais que ele havia confessado ter-se atirado contra meu carro porque estava muito chateado com sua vida. Foi levado ao hospital. Os policiais pediram que eu fosse à delegacia prestar depoimento. Disseram que tirariam fotos do carro, e que eu estaria livre de problemas com o depoimento da vítima ao bombeiro, além das testemunhas, e do fato de ter acudido a vítima.
Cheguei tarde à confraternização. Mas com uma história muito louca pra contar: fôra atropelado por um pedestre!!!
3 comentários:
Que susto!! Ainda bem que não foi num carro como o meu, pois se tivesse sido um pedestre no meu pequeno Smart, teria ficado bem machucadinho... coitadinho! Do Smart claro!! hehehehehehe
Putz! O que andam adicionando à água dessa cidade? Sorocaba é uma cidade bonita com uma série de privilégios topográficos. Mas o povo anda estranho e piorando, a cada ano.
Folgo que você esteja bem e lamento pelo estrago no carro. Deus tenha piedade do homem envolvido. O cara chegar a esse ponto é porque a coisa está braba. E eu achando que era só comigo.
assim vemos o quanto há de desespero ao redor de nós não é?
beijos,
alê
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