Banzé era uma cãozinho pequinês adorável: baixinho, dentuço, uma orelha em pé, outra caída, o rabo enrolado acima do corpo, o pêlo avermelhado longo e liso, bem humorado e amigo.
Eu era um adolescente sem muito tempo para bichos. Tinha meus estudos, amigos, amigas..., passeios, esportes, filmes e livros para me ocupar.
Mas, de vez em quando saía com ele na coleira para um passeio rápido. Por ser comportado, freqüentemente passeava solto, correndo adiante uns metros e parando até eu me aproximar.
Um dia, caminhava distraído, quando Banzé volta de uma das suas escapadas correndo apavorado em minha direção. Em nossa direção, um imenso cão, preso na coleira, puxava seu dono, tentando chegar perto de nós.
Pois Banzé, assim que se viu seguro, enfiou a cabeça entre minhas pernas e começou a latir raivosamente. Parecia dizer: “Vem, pode vir, se tem coragem, ô cachorrão!”
Ainda bem que o cão era manso, bem seguro pelo dono, e não se ofendeu com os latidos do meu pequenino.
Ser corajoso assim, atrás de alguém maior, é fácil!!!
3 comentários:
Mas não é privilégio do Banzé, eu também usei muito essa tática. Meu irmão, oito anos mais velho era meu escudo.
rrrssss... creio que todos já vivemos isso , sendo Banzé ou sendo o dono....
abraços
Alice
=)
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