quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Observações de um Turista Distraído

A cidade de Santos, no litoral do estado de São Paulo, é uma cidade muito importante para mim, por várias razões. Nascido lá, no longínquo 1952, mudei-me bebê ainda, mas não perdi o contato. Meus avós maternos moravam lá, assim como os três irmãos mais novos de minha mãe. Por essa razão, frequentemente descíamos os 70 km de serra que separam a cidade da capital. Eu passava semanas por lá, nas férias escolares.
O tempo passou, meus avós faleceram, mudei-me para o interior, mais longe, e os compromissos da vida impuseram outras dificuldades para frequentar suas praias. Mas nunca deixei de fazê-lo, mesmo raramente.
Um dos grandes atrativos da cidade é que sua longa praia, de mar calmo e larga extensão de areias finas, é acompanhada de um jardim, que separa a praia da avenida beira-mar, jardim esse considerado o de maior extensão contínua no mundo, pelo Guinness. Chega-se a ela por uma avenida – a “Ana Costa” - na qual centenárias palmeiras imperiais erguem-se alto lhe dão um toque “holliwoodiano”.
Por este jardim é possível fazer longas e deliciosas caminhadas nos dias em que a praia não está convidativa, tomar água de côco, sentar nos bancos ao longo do jardim para apreciar a paisagem, o pôr-do-sol, os cães passeando com seus donos, os jovens praticando esportes nas areias, as crianças correndo pelos gramados, os monumentos espalhados – ao Imigrante, a Santos Dumont, a Anchieta, a escultura, em tamanho natural, de um leão que pode ser “montado” pelas crianças, etc – as fontes e os espelhos d'água que são iluminados à noite.
Durante as noites de verão, é comum armarem-se palcos onde artistas se apresentam gratuitamente e a música se espalha pelo ar.
Num extremo, chamado de Ponta da Praia - por onde os grandes navios passam a caminho do porto - foi instalado há muito o “Aquário” da cidade. Recém reformado e ampliado, é um lugar onde se pode passar horas a observar animais marinhos de todos os tipos, formas e tamanhos.
A cidade da minha infância mudou bastante. Mas a faixa litorânea, com a praia extensa e seu jardim acompanhando continua fazendo valer a pena visitá-la.

5 comentários:

Alice disse...

Oi Rubinho !! adoro Santos ... passei minha infancia lá e tenho linas lembranças daquelas praias ...itanhahem... ilha porchat e seus carnavais...guarujá e suas paqueras... e lá se foram quase 50 anos....o tempo passa, o tempo voa , mas a memória e as lembranças ficam sempre numa boa !! rsrsssss


bjkas pra vc

bete p.silva disse...

Sou caipira pirapora não conheço Santos, não é lá que tem os predinhos tortos?

Lou H. Mello disse...

Acho a cidade um charme só. Nem ligo para os prédios pouco verticais. Um amigo que mora lá costuma dizer que os fumantes desses prédios não usam isqueiro, acendem na bituca do vizinho do prédio ao lado. Implicâncias. Meu, você não andou de Loirinnha? Dedé e eu fizemos um tour nela em nosso primeiro dia de namoro, que começou nessa cidade.

carmen disse...

Que Loirinha é esta???

Você conseguiu descrever muito bem Santos... Fui lá muitas vezes e acho muito lindo!!!
Inclusive fui várias vezes com seus pais e a Priscila e fiquei no apartamento da sua tia Talita, que me acolheu muito bem...
Era uma delícia...
Só achava engraçado ser uma cidade praiana e ã tarde, algumas vezes a Pri preferia ir ao Shopping...
Achava estranho...

Tenho ótimas recordações de lá!!!

bjs

* O Cantinho da Lia * disse...

Nunca estive em Santos, mais ainda vou conhecer...
Da baixada, só conheço Praia Grande.

Agora me deu mais vontade ainda de conhecer Santos, seus portos...


bjs