sábado, 28 de fevereiro de 2009

Começando bem... descendo o pau!

Preocupa-me o fatos de muitas pessoas – uma delas, a adorável Lya Luft, em seu artigo na revista “Veja” de 11 de fevereiro – estarem assustadas com a crise e mencionarem os governos – deste país e outros – como atores principais, principais responsáveis, não só pela solução da crise, mas pelo seu surgimento. Esquecem-se que a crise tem duas fontes fundamentais, nos quais os governos tem papel secundário: a ganância ilimitada das pessoas, e a atuação amoral das empresas, capitaneadas por pessoas gananciosas. Nessas fontes os governos são culpados de inépcia, incompetência por não terem colocado freios e limites nas ações legais, mas criminosas, das empresas. Mas o que esperar de governos como o de Bush, Blair, Kirshner, Berlusconi e Lula??? Alguém esperava mais do que isso??? Eu não.
Então, cara Lya, caros amigos, não são os governos os culpados dessa bagunça: somos nós, humanos, que permitimos que a ganância impere nas atitudes das empresas. Culpadas são as empresas por terem no “lucro” o bem maior, objetivo maior de toda ação empresarial, uma atrocidade insana!
E, estejam certos, caso coloquemos nossa esperança de solução nos nossos governantes - mesmo que seja um Barak Obama - ficaremos frustrados e sofreremos mais. Para que essa crise seja banida, é preciso por um fim à ganância irrestrita das empresas, colocar o bem comum acima das pseudo-liberdades econômicas, tais como “liberdade de mercado”, “livre competição”, “sigilo bancário” e outras que não tem nenhuma relação com o respeito aos Direitos Humanos, estes sim, pedra angular na construção de uma sociedade minimamente civilizada.
Paremos de falar mal dos governantes - não que eles não mereçam - mas coloquemos o dedo na ferida: as transnacionais, o sistema bancário, os cartéis, os monopólios. A saber, os Citicorps, as GMs, as Petrobrás, as Mapfres, as Microsofts, as Telefônicas, os Carrefours e etc da vida. Estas, sim, vilões, e não vítimas, do sofrimento alheio.
Exagerei?

8 comentários:

L. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
carmen disse...

Rubinho:
Já voltou com tudo!!!

Você tem razão, cada um só quer resolver o seu problema, enriquecer às custas dos outros, sem ética, respeito ou qualquer pensamento que tolha as suas ações desmedidas em prol de si mesmo...

É triste, mas é verdade...

Que praia linda!!!
bjs

Lou H. Mello disse...

Estou repassando A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo e pasme, desde lá atrás o calvinismo tem tudo a ver com a crise atual. Garrei um ódio dessa Telefonica...

Dona Sra. Urtigão disse...

Corretissimo!

MamaNunes disse...

É prá assinar aonde?
É facil culpar o governo. Esses empresários são mesmo uns cara-de-pau!
To feliz que vc voltou e chateada porque esteve tão pertinho e não pudemos nos ver. Da próxima vez, aceite meu convite e venham se hospedar na minha cabana tá bom?
Um abração meu querido!
\o/

Tuco disse...

Pior que não exagerou.

Mas minha ênfase fica aqui: "nós, humanos, que permitimos que a ganância impere nas atitudes das empresas". Empresas não existem, nem governo. A única verdadeira máquina destruidora somos nós mesmo.

Talvez eu mudaria pra algo como: "nós humanos que agimos com ganância nas nossas empresas e empregos...".

Aiai.

Gab Miglino disse...

Exagero nenhum, ao meu ver! Concordo em número, gênero e grau.
Sadades de vc!Me manda um emailzinho falando mais de vcs, conta como foi essas férias que deixaram fotos tão lindas. Bjos

valter ferraz disse...

Rubinho, ao meu ver pode incluir os governos aí também, na medida em que eles se beneficiam e muito da ação nefasta dos banqueiros e empresas. Exemplo maior e bem na nossa cara é o do governo brasileiro. A estratosférica taxa de juros explica-se por sí só. Quem mais ganha nessa ciranda desumana?
Desculpe discordar. Venho pouco e quando venho, apronto.
Abraço forte