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sábado, 12 de dezembro de 2009
Arquitetura da Toca
Discute-se incansavelmente sobre a função social da Arquitetura. Não que alguém negue sua existência, apenas diverge-se em forma e conteúdo.
A forma mais extraordinária de arquitetura doméstica que encontrei não foi na Europa, nos "States", nem no Oriente.
Foi em Igatu - Ba, em plena Chapada Diamantina. Uma minúscula vila remanescente de um período áureo, quando quase dez mil pessoas lá viviam a febre dos diamantes. Com o fim deles, foi-se tudo. Sobraram menos de 200 pessoas - hoje, quase 400 - teimosos ou incapazes de deixar tudo para trás como os outros.
Durante a era do garimpo, era comum se alojarem os garimpeiros sob frestas de pedra e lá viverem meses, enquanto acumulavam "pedras" em quantidade suficiente para trocar por mercadorias necessárias à sobrevivência. Chamavam de "toca" estas toscas moradas.
Hoje, algumas delas sobrevivem, apenas como ruínas. Outras servem de moradia excêntrica e notável para alguns dos moradores de Igatu. Impressionaram-me tanto, por sua rusticidade, e simbiose ambiental que até trouxe um miniatura para minha coleção de "casinhas"!
Fizemos amizade com um jovem casal de ourives. Ele - Cris - baiano, faz lindas peças em prata. Ela - Bruna - paranaense, é uma apaixonada pela natureza. Juntos há pouco tempo, decidiram morar em uma toca. E fizeram a gentileza de nos convidar para conhecer. É rústica, é simples, é aconchegante, é linda, é natural, é um lar!
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6 comentários:
Não dê esse tipo de idéia pro Lou, Rubinho!
Me conta, onde é o escritório desse arquiteto? Quero encomendar a minha!
Morar em tocas...gostei...não vou mais pagar IPTU.
A função precede a forma...sempre
Um colírio para meus olhos, essa reportagem. Parabéns!
Cara, que legal! Chapada... ainda quero conhecer um dia.
Rapaz o que é isso? Vou te contar, eu moraria num lugar assim viu.
Mais um iten para a minha lista de lugares que devo conhecer antes de morrer.
Um abraço.
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