Ler Jorge Amado - "Navegação de Cabotagem" - é um prazer nem tanto pelo seu estilo literário - que é soberbo, não há dúvida - mas pela franqueza, sensibilidade e bom humor com que narra os fatos e mostra suas emoções em relação a eles. Serão verdadeiros, os fatos e as emoções? Não sei, quiçá quem com ele conviveu possa dizer. Mas, mesmo se comprovada ficção, não deixará de ser sublime e divertido ler suas memórias. Até quando cita outro autor, acerta na mosca!
"Ouça e me diga se não tenho razão: uma parte da vida é o que somos / outra parte o que para nós inventam."
Assim - citando dois versos - termina o curto texto de Jorge Amado - páginas 244 e 245 - sobre o seu poeta português preferido, Fernando Assis Pacheco, sobre quem, confesso, nunca ouvira falar.
2 comentários:
Você fica lendo esses caras subversivos, daqui a pouco estará fazendo propaganda para a Marina presidente. Te cuida meu!
Certíssimo! Nunca, todos vão ter a visão total do que somos...e acredito que nós mesmos,com muito esforço,nunca entederemos,nem a metade.
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