sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Eduardo Marinho pensa a educação


"Há mais de 14 milhões de analfabetos integrais no país, 9,7% da população a partir de 15 anos. Vergonha que aumenta muito com a inclusão do número de analfabetos funcionais, aqueles que assinam o nome e, com dificuldade, lêem e escrevem bilhetes e pequenas frases, sem condições de compreender ou escrever um texto, uma notícia, muito menos um livro. Aí o número pula pra em torno de 70%. Setenta por cento da população brasileira! Sete, a cada dez pessoas, são sabotadas em instrução - a Constituição, em tese, obriga o Estado a garantir educação de qualidade. E a elite torna o Estado criminoso, em benefício e garantia dos seus privilégios e excessos cuja origem perversa está na eliminação de direitos da maioria.
         Por que o problema não é resolvido? Falta de verba, de competência ou atenção é conversa pra boi dormir, só a ignorância e/ou o massacre da mídia, entre a desinformação e a publicidade, – ou a má fé – podem conceber tais absurdos. A narcose midiática encurrala grande parte da população entre os desejos de consumo e as relações com o sistema financeiro que domina o Estado, diminuindo ou eliminando a capacidade de reflexão independente, o desenvolvimento de uma visão de mundo mais próxima da realidade. Na verdade, é preciso conservar o povo ignorante e desinformado, para manter um sistema social tão desumano, desonesto, injusto, perverso e suicida. É esse o sistema que favorece a elite dominante, a concentração de poder e riquezas nas mãos de poucos, em prejuízo da maioria. A situação de destruição do ensino é intencional, deliberada, estratégica."

Eduardo Marinho em seu blogue "Observar e Absorver" - genial.

Um comentário:

carmen disse...

É muito triste isto, mas é verdade.

É como se tivesse duas classes de pessoas, uns humanos, outros sub-humanos, que só servem para servir a seus senhores, faze-los felizes e locupletados, em todos os sentidos, uma verdadeira acepção de pessoas, bem ao contrário ao que a Bíblia ensina.