segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mudar o Mundo - 2

Em postagem anterior, coloquei a música "Change the World", com o super astro do rock Eric Clapton. Pouco dias depois tive a oportunidade de ve-lo e ouvi-lo e algo mais, além da música, me agradou muito. Meu filho me diz que é uma atitude comum a muitos músicos de renome. Mas não deixa de ser interessante e muito ilustrativo da mudança que queremos no mundo.
Li algures que nossa oposição é contra quatro poderes: o poder econômico (dos bancos, do capitalismo, etc), o poder militar (da indústria de armamentos, dos exércitos, dos terroristas, etc), o poder político (dos governantes, do políticos, dos partidos, etc), e o poder midiático (das empresas de comunicação, dos jornalistas vendidos, dos falsos analistas, etc).
Toda essa oposição pergunta aos rebeldes: "Destruir o sistema, e substitui-lo por o quê?!" Boa pergunta. Eu não sei a resposta, mas acho que o que aconteceu no palco com Clapton ilustra o caminho para uma resposta.
Apesar dele ser a estrela maior do show, e das pessoas estarem lá exclusivamente para vê-lo e ouvi-lo, Clapton, em todas as músicas, deu lugar para seus parceiros de show aparecer, fazer seus solos (lindíssimos, por sinal), ficar sob os holofotes (a tal ponto que, quando outro músico solava, Clapton procurava "sumir" num canto escuro do palco de forma a não atrapalhar a atenção dos espectadores para o solista).
Sua postura "cavalheiresca" abria espaço para a "camaradagem" (voltarei a esta palavra em outra postagem), para a valorização do "outro" (que resultou, inclusive, em um show melhor), para o delicioso e generoso "frescobol" musical no qual a Graça transbordou do palco para a plateia. Era possível sentir o desejo da multidão de congraçamento, de alegria e emoção, de participação naquilo que acontecia no palco.
Creio que Deus olhava do alto para o Morumbi e dizia baixinho, ao coração de cada um: "Tá vendo, é assim que Eu gostaria que vocês vivessem, como se fossem todos uma grande banda de blues!!!"

4 comentários:

Dona Sra. Urtigão disse...

Interessante a sua percepção, então, Esperança ainda é viva ?

Hernan disse...

Pois é. Mas será que um dia veremos os reino com que sonhamos?

Agora ficou melhor pra acompanhar com um só blog.

Abs

neli araujo disse...

Lindo post, Rubinho!

Eu já gostava do Eric, mas após ler seu post gostei mais ainda!

Gosto de gente assim, que até no canto escuro do palco consegue brilhar!

beijo

O Tempo Passa disse...

Sra. Urtigão, como bem escreveu Brabo: a esperança é viva, mas frágil como uma chama de vela que qualquer um pode apagar...