Vários fatos tem chamado minha atenção ultimamente, todos aparentemente isolados, mas que tem uma conexão por serem relativos à vida, e como a vivemos:
Um fato foi as discussões calorosas no Alysson sobre Obedecer ou Desobedecer e sobre O Evangelho Decomposto. Por vezes, parecia diálogo de surdos;
Outro fato foi as posições estereótipas e diametralmente opostas dos personagens do filme A Lenda: um cientista materialista e uma crédula ingênua;
Outro, a busca infindável das pessoas por significado e valor, externada pela notícia que alguém próximo a mim está visitando centros espíritas;
Outro, o dilema de alguns personagens de seriados da TV, geralmente policiais enfrentando toda a sorte de maldade, e perdidos em suas vidas pessoais, com sérias dificuldades de estabelecer uma distinção entre o bem e o mal, mas que ainda lutam;
Mais um, as postagens down-dark-hilárias do Lou, que deixam a cabeça com um zumbido como se tivesse sido chacoalhada;
E ainda, o ótimo e tocante video do show de John Mayer na TV, no qual ele exprime um dilema muito comum:
"...cause I wonder sometimes, "...eu me pergunto às vezes,
about the outcome, sobre o resultado,
of a still verdictless life. de uma vida sem um veredito.
Am I living it right?" Estarei vivendo certo?"
(Why Georgia)
Mais ainda, os textos do Brabo, sobre as leituras e interpretações, como na postagem De Onde Tirei Essa Idéia;
E, o fato de ter terminado a tradução de um livro religioso - contrariado por ler tantas coisas das quais tenho sérias dúvidas - e não ter nenhuma perspectiva de trabalho imediato, e isso absolutamente não me perturbar;
Finalmente, a certeza de que o mundo que estarei deixando para meus filhos e netos será muito pior do que aquele, tumultuado e incerto, no qual vivi minha mocidade - um mundo no qual a própria sobrevivência da humanidade será colocada em cheque. Espero que não cheque-mate...
Se conseguir escrever, publico sobre o que tenho pensado. Amanhã, ou depois...
2 comentários:
É, Rubinho, não sei o que dizer. Em muitos sentidos o reducionismo existencialista de Eclesiastes (e de Jesus) me parece o mais sensato: só restam a família e os amigos, e portanto o amor, e portanto Deus.
Caríssimo,
Leio em suas preciosas missivas, aqui e em outros lugares, uma alma irreversivelmente mergulhada em uma busca incasável por Deus; incansável, todavia descansada.
Sua posição conciliadora, o tom sábio das suas reflexões, tecidas com a agulha da experiência, merecem minha absoluta atenção. Calo-me e ouço.
Obrigado.
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