quarta-feira, 4 de junho de 2008

116- PAREI (O Tempo Passa...)

Vinha de carro pela rodovia Raposo Tavares, que corta a minha cidade, Sorocaba. O som do carro ligado em uma das duas estações de radio que vale a pena ouvir. Uma toca só “pop” e a outra inclue mpb também. Nada de mais.

Uma música começa. Diferente das outras que a radio toca, esta tem um “ar” de música erudita, quase ópera. A voz é de cantor lírico, o tom, majestoso. Bonito. De repente, a inconfundível voz de Sarah Brightman assume o segundo verso. A orquestra ao fundo é ao mesmo tempo suave e imponente. O clima vai num crescendo. Não é possível ouvir e dirigir. Não é possível ouvir e fazer qualquer outra coisa!

Paro o carro no acostamento, esqueço dos meus compromissos, de onde venho e para onde estou indo. Aumento o volume do radio. A música invade meus ouvidos, entra pelos poros. Sou tomado por uma sensação de leveza, grandiosidade, melancolia e felicidade sem razão. Fico ali, em êxtase até o fim da música... Qual música? Que música é essa? Quem é o cantor de ópera que consegue mexer tão profundamente com as emoções da gente? A porcaria da radio é daquelas – que o Caetano odeia – que não fazem menção do título, autor ou intérprete. Que droga! Como vou saber que música é essa?

Felizmente, a música e o cantor se tornam hits e fico sabendo que é Andrea Bocelli, cantor lírico cego, o par sublime de Sarah na música Con te partiró.

Ele faz sucesso também com outras músicas – como Vivo per lei, que gravou também em dueto com “nossa” Sandy - e se apresenta nos mais importantes eventos.

Mas aquela tarde, na Raposo, pelo radio foi uma experiência inesquecível!

4 comentários:

Vilma disse...

A música também causa esse efeito em mim!
E gosto muito de escutar Andrea Bocelli! :)

Anônimo disse...

Belíssimo!

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

De arrepiar!

Anônimo disse...

Ao ouvi-lo, só dá para gritar:-"Bis, Bis, Bis"