O rapaz voltava pra casa, na madrugada de sábado para domingo. Ao atravessar a avenida foi atropelado por um veículo - uma veloz BMW a mais de 100 km/h - dirigida por um jovem embriagado, acompanhado de sua namorada. O pedestre morreu na hora. O motorista apavorou-se e fugiu.
Não por muito tempo, no entanto. No instante em que ocorria o "acidente"/"homicídio", passava pelo local um motorista de taxi que, depois de horas de trabalho noturno, voltava pra casa cansado. Ao ouvir o barulho da batida, percebeu o automóvel fugindo e seguiu com seu carro - e instrumento de trabalho - o fugitivo, até a casa onde estava estacionado a "arma do crime" e avisou a polícia.
Tratado como herói pela imprensa, ele nega. "Não sou herói, não. Quando muito, sou um cidadão. E é assim que quero ser lembrado pelos meu filhos."
Eu também...
4 comentários:
É rapaz. Eu também...
A nossa sociedade clama por heróis, mas tudo era melhor se fossemos apenas bons cidadãos como esse motorista aí.
Está tão raro ser honesto,ser cidadão, que a pessoa passa por herói!!!
Sejamos herói-cidadãos!!!
bjs
Talvez, a audácia de ser cidadão seja tamanha que se pareça com a dos heróis. Sim, ser cidadão nessa democracia (contenham os risos!) é como ser trágico no mundo helênico, mártir no império, santo na Cristandade, Joana d'Arc na guerra: é o que se prega como bonito ideal, mas só acontece com força e em horas cruéis.
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