Minha aspiração é simples: vida em comunidade. Sim, onde todos tenham tudo que precisam e ninguém sinta falta de nada. Onde cada um dá de si e recebe de todos.
Já li a respeito. Já soube de algumas experiências... fracassadas.
Eu mesmo, há quase 20 anos, imaginei-me morando em um lugar onde meus vizinhos fossem meus amigos e... a natureza! Mudei-me para um amplo terreno (24 mil metros quadrados), com mais 5 famílias, alguns cães e gatos... e muitas árvores, pássaros e ar puro! Mas... nada de comunidade!!!! Cada uma das 5 famílias moradoras continuou a viver sua vida como se morássemos numa cidade comum. Na verdade, moramos numa cidade comum, apenas, temos mais verde à nossa volta...
Qual não foi minha surpresa, e emoção, quando li, ouvi e vi sobre a Noiva do Cordeiro, uma pequena comunidade no interior de Minas Gerais e que resiste e insiste em viver da forma que o Mestre de Nazaré sugeriu que vivêssemos: sem crime, sem pressa, sem competição, sem religião, sem uma estrutura de poder. Uma perfeita anarquia, uma anarquia perfeita!!!
Uma sublime indicação do meu amigo Tuco Egg, e assisti, pasmo, ao programa do canal GNT sobre essa pequena e quase perfeita comunidade. Aperfeiçoada pelo sofrimento causado por décadas de discriminação, falsas religiões, pobreza, privações de toda ordem, essa comunidade espantou a tristeza e abraçou a solidariedade como caminho para a felicidade.
Eu ainda vou visita-la, ah, vou sim!
2 comentários:
"Aperfeiçoada pelo sofrimento". Interessante isso. Quando visita-la, mande um abraço meu pra todo mundo. E um muito obrigado.
gostei muto de saber que algo assim existe. e fiquei tambem com vontade de conhecer. Tive o privilégio de conhecer alguns nucleos que se estabeleceram como comunidade e ver como estão hoje. Findhorn (Escocia), Ceu do Mapiá ( Amazonas ) Matutu ( Sul de Minas) Minha filha esteve tambem em Tamera ( Portugal) E uma amiga em Farm (California, acho) Algumas dessas existem há mais de 40 anos, outras um pouco menos, mas já estão na segunda/terceira gerações. Algumas confirmam estudos que li há mais de 10 anos que afirmavam que as comunidades que se mantiveram como tal eram apenas as que se sustentavam em forte vinculo religioso. Mas o que vi foi aplicação de modelos diferentes do que eu sonhava como comunidade, cada vez mais prevalecendo valores e recursos $$$$ individuais com diminuição dos criterios comunitarios. O que vem ocorrendo é um processo de transformação em vilas como moldes quase(?) capitalistas e com sorte muitas se constituem como ecovilas com forte valor em solidariedade, porem comunidade...não mais, e entendi porque, uma quantidade de Humanos oportunistas que se aproximam para desfrutar e sem reconhecer a necessidade do trabalho coletivo... Partilhar o bolo, sem contribuir com a massa...Mas Rubinho, mesmo assim, ainda dá muita vontade de compartilhar a vida dessa forma. procuro uma ecovila sem fundamentos sectarios para me estabelecer. E que aceite pobre, sem capital, só com força reduzida de trabalho...É acho que meu sonho acabou... passei perto.
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