terça-feira, 27 de abril de 2010

O estádio do Pacaembu - SP

Ver imagem em tamanho grandeO mais tradicional estádio de futebol da cidade de São Paulo completa 70 anos.
A primeira vez que fui ao estádio, ele não tinha mais do que 20 anos. Eu era garoto, morava perto, dava para ir a pé. O estádio é muito charmoso, tem uma arquitetura elegante - naquele tempo mais, por não ter ainda o horroroso "tobogã" ao fundo - e o bairro onde foi construído é elegantíssimo. O texto abaixo foi publicado um tempo atrás no meu blogue "O Tempo Passa".
Republico hoje, como homenagem ao velho estádio:

Desde moleque ainda, torcia para o Santos F. C., o time de Pelé, Edu, Toninho e cia. Meu tio era corintiano “roxo”. Um dia ele passou em casa à tarde para me levar ao Pacaembu, próximo de onde eu morava, para assistir ao clássico "Santos X Corinthians". 
Chegamos no estádio perto da hora do jogo, e por isso não havia mais lugar pra sentar na torcida corintiana. Estávamos em pé, no alto das arquibancadas atrás de um dos gols, quando um grupo acenou do meio da arquibancada, mostrando que poderiam me acomodar entre eles. Fui pra lá e fui recebido amigavelmente, mesmo após dizer que era santista.
Disseram: Então, ele fica com o bolãoEram cinco amigos, e haviam feito uma aposta: cada um sorteou um número de 7 a 11; quem tivesse o número do atacante que marcasse o primeiro gol, ganhava o dinheiro.
Peguei o dinheiro e passei-o para um dos rapazes. Ele me olhou desconfiado e disse: “Guarde-o. Você vai dar o dinheiro para quem tiver o número do artilheiroE eu respondi: Pois é, você não tirou o número 10? Tome, o dinheiro é seuTodos deram risada, e procuraram não levar muito a sério o que eu dissera.
Começou o jogo. Passaram-se uns 15 minutos e um jogador santista leva a bola para a linha de fundo e centra. A bola vai para o centro da área, e lá, no meio da zaga corintiana, sobe um jogador negro, de uniforme branco, número "10" às costas. Com leveza e precisão, cabeceia a bola. Esta passa pelo goleiro que se atira desesperada e inutilmente em sua direção e vai parar no fundo da rede. É goool... de Pelé!!!
Virei para o portador do número 10: “Não disse que o dinheiro era seu?

2 comentários:

Lou H. Mello disse...

Belo sonho!

Fábio Adiron disse...

Bela realidade Rubinho. Estive algumas vezes no Pacaembu vendo esse tal de "número 10" jogar. Contra o timinho sempre era mais divertido